Numa reunião realizada no Clube Social de Macaúbas 21/07/22, onde esteve presente o Coordenador de Serviços Sociais da CERB, Sr. Mario Oliveira e mais duas auxiliares, apresentando em números a atual situação do Sistema Integrado da Adutora do Zabumbão, nesta importante reunião, estiveram apenas 07 pessoas dos mais de 50 mil habitantes de Macaúbas e sendo de interesse regional, principalmente para os municípios que irão receber as “águas do Zabumbão”, estas oriundas do Rio Paramirim, onde também passa pelo município de Érico Cardoso, este que ainda não tem sistema de tratamento de esgoto (saneamento básico), jogando assim, o seu esgoto no Rio Paramirim que deposita o “cocô in natura”, (a tal da “merda” ou “bosta” como preferir, o nobre cidadão) na Barragem do Zabumbão, esta que por sua vez, serve primeiramente a cidade de Paramirim, passa por Caturama, chegará em Macaúbas, a qual será depositada nas caixas d’águas do SAAE e finalmente chega no reservatório de sua casa e depois no copo de água que você vai beber, cozinhar e tomar banho! (veja matéria de O ECO)
Segundo informações colhidas nesta reunião e em conversa informal com o diretor do SAAE Delcione Figueiredo, Macaúbas irá aumentar sua oferta de água em mais de 50%, com a chegada das águas da Barragem do Zabumbão, sendo que hoje, o SAAE tem potencial para captar 30 litros por segundo de todos seus mananciais, e receberá do Zabumbão cerca de 17 litros por segundo. Estas águas, segundo consta, serão tratadas e chegando em Macaúbas, segundo o Diretor do SAAE, receberá novo tratamento, visto que um dos produtos químicos que são usados neste tratamento é o cloro, que se dissipa rapidamente no ar – então a água que fica exposta por certo tempo perde essa substância!
Macaúbas que tinha orgulho de ter uma “excelente fonte de água”, vinda de mananciais confiáveis, como os Tinguis e Coité – em pouco tempo terá águas do Zabumbão em suas torneiras, não que estas águas sejam impróprias para o consumo, as quais, como dito recebem tratamento e estando aptas para o consumo humano e dentro dos patrões aceitáveis, o que se registra aqui é a perda do “sentimento de pertencimento” – o “orgulho” de termos uma água vinda de captações de nascentes, as quais, se não fossem transportados por tubos (que as vezes até contaminam a água), poderiam ser consumidas na palma de sua mão, ou seja “in natura” sem cloro ou outro agente antibacteriano (ou “anti” coliformes fecais!)
O investimento de R$ 1.708,098,38 (um bilhão, setecentos e noventa e oito reais e trinta e oito centavos), poderia parte ser aplicado no Sistema de Tratamento de Esgoto de Érico Cardoso, beneficiando assim, aquela população esquecida, bem como a melhor qualidade das águas do Rio Paramirim!
MAIS ÁGUA NÃO É SINAL DE MAIS DESPERDÍCIO:
Apesar do aumento de 50% das águas servidas em Macaúbas pelo SAAE, ainda há um grande desperdício, segundo consta mais de 30% das águas captadas são disperdiçadas seja por vazamentos no sistema, “gato” (roubo de água com ligações clandestinas) e ainda mau uso pelos usuários, com lavagem de passeio público, carros, irrigação desnecessárias e outros meios!
ÁGUAS PARA O BAIXIO DE MACAÚBAS:
Aquela caixa d’água que está sendo construída no entroncamento de acesso ao distrito do Açude, na BA 156, é para servir a cidade de Ibipitanga e algumas localidades da zona rural de Ibitiara, nenhuma gota será para as populações rurais do baixio de Macaúbas! Estas localidades serão servidas, através da ETA de Macaúbas usando os canais de distribuição já existentes. Há quem pensasse que as águas do Zabumbão, seriam diretamente servidas para os povos do baixio de Macaúbas, mais um mal entendido ou mal explicado!
E MAIS! Barragem do Rio da Caixa:
Segundo informações do Assistente Social na reunião na quinta feira, 21/07 – nesta etapa (neste governo de Rui Costa), NÃO será realizada a construção da Barragem auxiliar no Rio da Caixa, por não ter tempo hábil, mas disse que é possível se o próximo governador tiver vontade política. Contudo, durante as negociações e protestos e vindas de Rui Costa na região, foi prometida a execução desta obra, conforme notas nos principais meios de comunicação da região, veja trecho de alguns destes:
...Apesar de ainda restarem muitas dúvidas e incertezas sobre a segurança hídrica, o posicionamento do Governo do Estado, de acordo com as respostas encaminhadas à redação do Jornal O Eco, é de que serão construídas, tanto a Barragem do Rio da Caixa, cujo projeto executivo, segundo a SIHS, será finalizado em dezembro deste ano, quanto a adutora do Zabumbão, que, de acordo com o governo, é extremamente importante para ampliar o fornecimento de água e garantir a segurança hídrica do Vale do Paramirim. Com extensão de 216,46 km, entre adutoras, sub-adutoras e redes de distribuição, a intenção do empreendimento do estado, é beneficiar 54.800 habitantes
Ainda de acordo com a nota, a Barragem do Rio da Caixa, no município de Rio do Pires, tem o objetivo de reforçar o Sistema Integrado de Abastecimento de Água (SIAA) dos municípios de Rio do Pires, Macaúbas, Ibipitanga e Boquira, no Vale do Paramirim. Esse empreendimento consta no Programa de Governo Participativo (PGP – 2018), no capítulo de Saneamento e Infraestrutura Hídrica com o compromisso estratégico de “Elaborar projeto e estudos complementares da Barragem do Rio da Caixa que integra o Projeto de Segurança Hídrica do Vale do Paramirim, como reforço à Adutora Zabumbão-Boquira”…. (Veja aqui a matéria completa do O Eco de novembro de 2021)
…”Em seu discurso, o gestor reafirmou sua intenção de, por meio da adutora, interligar a Barragem do Zabumbão, em Paramirim, à futura Barragem do Rio da Caixa, em Rio do Pires. Esta última, segundo ele, começará a ser construída a partir de fevereiro de 2022 e terá capacidade para armazenar de 35 a 50 milhões de metros cúbicos de água — a capacidade atual do Zabumbão é de 60,8 milhões de m³”….(Fonte Paramirim Agora em 08/12/21)
Nota da Redação:
O blog não consegui manter contato com o Palácio de Ondina, com a CERB e com a Prefeitura de Érico Cardoso, contudo, caso tenha interesse de se manifestarem, usem o e-mail: [email protected] .
E Tem Mais:
Esta matéria não é um desincentivo ao não consumo de água do Zabumbão, visto que, segundo consta, Água é Vida, a não ser que você queira optar pela Aurum 79, que custa nada menos que US $ 900 mil (cerca de R$ 1,8 milhões), a garrafa!