Blog do Alécio Brandão

SECA: A COISA É MAIS SÉRIA DO QUE IMAGINAMOS E VEMOS OU MELHOR, O QUE NÃO VEMOS!

Lagoa do Açude de Macaúbas, imagem do dia 29 de janeiro de 2013.
Há mais água sobre a barragem do que dentro dela…


…Aproxima-se o fim do período chuvoso na região e a lagoa do Açude continua completamente vazia. Informações dizem que por um erro na limpeza dos córregos que deveriam viabilizar a entrada de água na lagoa, é um dos fatores. Isso, devido a um desvio “acidental” no curso das águas destes córregos. Outras informações é a grande quantidade de tanques e aguadas abertas nestes percursos e por lógica o assoreamento (entupimento dos córregos), além das poucas chuvas nas regiões que abastecem a lagoa. E para os crédulos, pouca reza! E para os contras, excesso de “pedra na cruz”! O fato é que, não há água!…

Esta água barrenta é a que está sobre a barragem em toda sua extensão, 
todos os poços de água somados é superior ao que se vê dentro da barragem…

Parece inacreditável, as águas acumuladas sobre a barragem é visivelmente em maior quantidade do que tem dentro da barragem. Este “fenômeno” se dá devido a “esponja” que se tornou o solo da lagoa após a sua seca. Todo água parece ser “chupada” para o sub solo. 
O desolamento é grande, na região não há pasto para os animais. Agricultores cortam capim e servem ao gado faminto, que ainda continua muito magro. As reservas de água são poucas, não deve ser o suficiente para atravessar o ano. 


Agricultores servem “capim de corte” para os animais….
Capim cortado! 

O alto custo da sobrevivência… 
Há quem diga: “eles precisam vegetar”… 
…Famintos, os animais correm atrás do carro, carregado de capim, muitos são plantados nas laterais da lagoa seca. Observe que o rebanho ainda continua magro. Há um enorme esforço e alto custo dos pecuaristas do município em manter sua criação.  Está na hora de eleger prioridades, parar e dar as devidas preferências…. 
A lavoura de milho e feijão não mais existe. A plantação consorciada é  uma amostra da pouca chuva e da gravidade do problema.

A Bahia deverá receber o maior volume de recursos do Governo Federal para o enfrentamento dos efeitos da seca. São mais de 1,8 bilhões de Reais. Dinheiro este que serão investidos em obras de infraestruturas, ajuda social, compra de maquinas e equipamentos e outras frentes. 

A pergunta é se todo este volume de recursos deverão ser aplicados de forma equitativa, proporcional e justa, ou seja, a “burocracia”, a lentidão e os “entraves” deixarão estes recursos chegarem na base dos necessitados? Ou terão o mesmo destino das águas que deveriam entrar na lagoa do açude?… Tendo antes de encher “tanques” e “aguadas”, passando por “córregos assoreados”? 

Mais que insistência… Fé… Talvez o símbolo de resistência,
o umbuzeiro, seja a inspiração do sertanejo! 

Mesmo com grandes perdas, agricultores apostam no céu escuro… 
Nem sempre nuvem negra é sinal ruim!…
Veja agora algumas imagens, um olhar de uma situação verde que representa uma negra realidade. 
Saudades!…

Espelho, espelho meu… Até quando?

Plantando tudo dá… Se der para plantar! 

 Aqui foi plantado, mas não deu… Deu praga na plantação! 
E chuva faltou para molhar o chão!
E o panorama é triste… Triste é tudo! 

E para alegrar um puco, vamos festejar, fazer festa! 
E prioridade é apenas um ponto de vista!… 

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