Blog do Alécio Brandão

Projeto de fortalecimento e motivação das filarmônicas resgata a arte da música instrumental.

O Pentagrama: em 1946, o Mestre Zé Benedito, já dava aula para professores

Cada vez mais rara, de difícil manutenção e por enfrentar diversas barreiras, entre elas a falta de incentivo, motivação e apoio, tanto da sociedade, quanto dos poderes públicos: as filarmônicas sejam elas do interior ou de grandes centros. A exemplo é a Orquestra Sinfônica Brasileira, funda em 1940 e quatro anos mais tarde, em 1944, foi fundada na Bahia, a Orquestra Sinfônica da Bahia… Estas que também passam por sérias dificuldades.

A nossa Filarmônica Nossa Senhora da Imaculada Conceição: 

Fundada em 1946, pelo Pe. Francisco Rastetter, para a Congregação Mariana, por sugestão e incentivos do seu eterno Maestro, José Benedito do Amaral e se apresentou com 18 músicos em em  15 de Julho de 1947, sendo assim, uma das pioneiras da Bahia e uma das primeiras do Brasil, motivo de orgulho para Macaúbas. Passou por várias etapas, acolhendo mulheres com a Befeônica, crianças e por último em 11 de março de 1987, deu formação a atual modalidade que até hoje é sustentada por voluntários e dedicação incondicional de pessoas apaixonadas por gente e por música e mais ainda, “amantes” de nossa Padroeira que é madrinha e protetora das nossas crianças e jovens músicos da Filarmônica, que resgata mais que o “bom comportamento”, a “educação”, a “sensibilidade” más sim, a “alma infantil” que é tocada pela música!

Os guardiões da Música em Macaúbas: 

Falar em música em Macaúbas, principalmente a instrumental, não seria justo não lembrar do músico autodidata Zé Preto, inspirador e Mestre do nosso José Benedito do Amaral, este que dedicou sua vida e alma ao projeto que completa 72 anos, acolhendo a música através do “sopro” e das “batidas” seja da clarineta ou dos pandeiros ou, até mesmo, dos corações apaixonados e dedicados as causas sociais e que têm como “metodologia” a MÚSICA. E nestes não poderiam também faltar a dedicação daqueles que não deixaram a “batuta” do mestre cair, aqueles todos que o sequenciou na regência, Na administração, no apoio e na faxina do pó que insiste em cobrir as partituras, os instrumentos, mais; jamais a esperança e a Fé em dias melhores através da música e da fraternidade, bem afinados com o sentido de Ser Humano!

O Projeto Visitando As Filarmônicas: 

Música na Praça… Pois a música também é do Povo!

Nesta edição, passou (e ficou) em Macaúbas, por três dias 19, 20 e 21 de outubro/18, regido e coordenado pelo gentil Gilmar Faro, que também bom de “ouvido”, agrupou sob o teto do saber e sobre o assoalho da dedicação, diversos músicos e gestores da música de Macaúbas e região, atividade esta de auto ajuda, de auto valorização e da consciência  da responsabilidade de ser músico numa  “terra” muita das vezes infértil  e insensível à música e as iniciativas sociais. O projeto além de motivacional, fez apresentações, passou técnicas de “sobrevivência” e de gestão das filarmônicas com patrimônio cultural não local, mas sim, universal…

(Fotos: Blog do Cetep e Dudu Souza)


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