Blog do Alécio Brandão

Por “aclamação” foi aprovado Projeto Base Hidroambiental e do Horto Florestal de Macaúbas.

Faltam respostas... E as vezes nem sempre as pessoas querem ou estão prontas a dar!...
Faltam respostas… E às vezes nem sempre as pessoas querem ou estão prontas a dar ou pior: não sabem!…

Na manhã desta quarta feira (15), no plenário da Câmara Municipal de Macaúbas, foi realizada uma espécie de “consulta pública” e/ou audiência, onde foram notadas muitas ausências, mas como disse o Secretário do Meio Ambiente José Ilton (Lando): …”Não vamos “prestigiar” as ausências e sim as presenças dos que aqui estão”… A polêmica se deu quando alguém  percebeu que tinha no evento apenas um vereador, Anderson Gumes, bem como até aquele momento o Secretário de Meio Ambiente, logo mais se fez o secretário da Agricultura João Vaz… Faltaram ali os que não foram!…

Quanto ao evento, o qual convite amplamente divulgado, tendo todos os órgãos representados no município de todas as esferas de governo tido conhecimento, redigia seu texto que se tratava de uma “apresentação”  do projeto de revitalização das nascentes e do Horto Florestal, mas lá, abriu-se espaço para “sugestões ao texto”, desde que não se modificasse sua “espinha dorsal” – tendo este três bilares, os quais identificados como Área de Atuação, a saber: 01- Nascente dos Tinguis, 02- Horto Florestal e 03- Barragem do Açude… Apenas estes três serão contemplados com o projeto tido como ou apresentado na Câmara Municipal de Vereadores no dia 15 de Março/16, priorizando nascentes,  (veja aqui post do blog da época), o qual para facilitar para o leitor reproduzimos um trecho:

“Em pronunciamento na Câmara de Vereadores nesta terça feira, 15 de março, o Secretário de Meio Ambiente José Ilton (Lando), diz que Macaúbas será beneficiada com a revitalização de diversas nascentes entre elas: a do Maxixe (localizada no Pé da Serra de Contendas), dos Tinguis (de onde é captada o maior de água para o consumo em Macaúbas), do Brejo Chico Pimenta e do Brejo do Meio (ambas no Curralinho de Baixo), a nascente da Maedagua e das Reginas (do Curralinho de São Sebastião), nascente do Capão e do Sitio Coité (esta próxima ao centro urbano, que também abastece a cidade). Estas, segundo relatório, feitas pela Secretaria de Meio Ambiente, são as que estão em estado avançado de degradação ambiental….”

Nota-se que da proposta ou apresentação original tinha mais nascentes… Mas a apresentação desta quarte (15/06), foi incluso o Horto Florestal, importante parque natural, no entanto, difícil é o ser humano manter a coerência e de fato “primar” pelas prioridades, as quais neste momento onde Macaúbas vive uma crise hídrica, a qual  o Poder Público parece não reconhecer e talvez para não alarmar a sociedade e dela receber/sofre pressões…

No entanto, os organizadores do evento, estando lá presente do Coordenador da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco Sr. Claudio Pereira, que afirmou ser este um “primeiro” momento, que outros poderão surgir…

Vejamos:

... Cooper não produz água e sim suor!...
… Cooper não produz água e sim suor!…

Horto Florestal

…Para o qual foi apresentado um projeto de construção de uma pista de “Cooper”… Cooper, para os menos avisados, é um estilo de caminhada intercalada, inventado pelo americano Kenneth H. Cooper… Ou seja, há nascentes importantes no município que poderiam sere beneficiadas em vez do Horto, tal como a nascente do Coité, da região de Contendas, as quais servem milhares de usuários, quanto ao Horto, um “calçadão” em seu contorno não fará “brotar” água, visto que este projeto já era compromisso do prefeito Zezinho quando lá esteve no dia 02 de setembro/15 (veja aqui post). Ou seja, aparenta ai a construção de um “calçadão/pista de Cooper”, um suposto desvio de finalidade, aparentemente injustificável ou qual foi aprovado e entre outras propostas foi aceita pelo Comitê da Bacia do São Francisco e pelos presentes neste evento…

No entanto:

A justificativa para se fazer no Horto Florestal uma pista de Cooper, lugar o qual aparentemente é inadequado, visto que é uma região serrana, onde há mais “sobe/desce” do que “desce/sobe”, lugar inadequado para caminhada… Mas quanto a justificativa da intervenção foi um “apelo Educativo Ambiental”, lugar do “despertar da consciência ecológica”, da “importância da conservação”…  Há quem conteste, mas os meios de comunicação, escolas, redes sociais, os tais “apelos ecológicos” e o tanto falar da “educação ambiental”, se tornou tão banal, que seria insano dizer que um cidadão não saber sobre o assunto, ou que é proibido/indevido a derruba de árvore ou como disse Kallif, “…Fazer cocô próximo a uma fonte de água“… Estes fatos, vejo não como uma questão “educacional” mas sim, “cultural”, visto que educação e cultura  são coisas “distintas” neste contexto… Por exemplo: as queimadas é uma questão cultural, mas o cidadão ateia fogo, não exatamente por falta da “educação ambiental”, pois o “filho da mãe” sabe que fogo é perigoso, desde dos tempos das cavernas quanto ele “esfregava o pauzinho na madeira” e produzia fogo… Hoje, parece que ele se preocupa em esfregar o “pauzinho” em outro lugar para garantir do Governo Federal algum tipo de bolsa… Para isso, ele se informa e tem “consciência”!…

Voltando à frente, pois “voltar atrás” não gera progresso nem ordem!… É de se reconhecer que é de grande importância tal iniciativa, a qual foi gerada através do ofício 114/2013, do Prefeito José João Pereira à Coordenação do Comitê Gestor da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, o qual acompanhado de um diagnóstico e levantamentos, solicitando “revitalização/preservação de nascentes do município para abastecimento humano e preservação ambiental”… Notas-se que a solicitação nem se refere a construção de área de prática de esporte, tipo um “calçadão para prática de Cooper”… Ai reina a incoerência, tipica de um “tipo de um pacote pronto”, “jogado” num colo de uma plateia lotada de nobres “ausentes”…

Os oradores:

Antes e após a apresentação do Projeto feita pelos membros da empresa  COBRAPE – Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Sra, Fabiana e Sr. Marcio) algumas pessoas opinaram, alguns achando que poderiam outras nascentes serem atendidas, tal como o ativista Joe Kallif que sugeriu no projeto referência a importância ou até mais intervenções na área de saneamento básico, o qual, segundo Kaliff, anda de “mãos dadas” com a água, pois é ela que “carrega a massa”!… Esgoto é 70% água!… E a massa popular nem sempre se atenda a isso!… Em “off”, o Diretor do SAAE, Delcione Figueiredo (BIO), informa que 80% das águas de Macaúbas vêem da fonte Tinguis, vindo de uma autoridade, fica difícil contestar, mas para isso, bastaria saber a vasão dos Tinguis e qual é o consumo em m3 (metros cúbicos) da população atendida pelo SAAE, no entanto, ficaremos com este dado, se assim for, fica 20% para o Coitê, demais nascentes além de dezenas de poços artesianos espalhados pelo município, os quais podem chegar a 100… Talvez o Diretor do SAAE teria que refazer seus cálculos!

Barramento nas laterais...
Barramento nas laterais… (E em “off”, por todos os lados, na frente e atras”!…

Os Tinguis:

Este, sendo a principal fonte de água de Macaúbas, tendo seu sistema feito há mais de 25 anos, há quem diga que sua vasão nunca diminuiu, mas sim, o consumo de água… No entanto, desde sempre Macaúbas vive em déficit de água pois, a maior comprovação é a tal “manobra d’água“, que nada mais é que o famoso “rodízio”, visto por muitos como inadequado, pois este procedimento, que sempre foi adotado em Macaúbas, reduz a pressão da água e dar margem para sua contaminação e também “força a rede”, causando como é comum, a “quebradeira” de cano, pois quando a água é “solta”, a pressão aumenta o ar fica preso e o cano “pipoca”… Além da rede ser velha, às vezes mal feita, com o tal do “colhão de areia” insuficiente e superficial… Mas além do rodizio de água ou manobra causar “prejuízos” são compensados com a entrada de ár, esta que “roda seu contador (ou relógio”) e você, consumidor paga por isso, e se não existisse a baixa pressão  ou ar, a economia em sua conta de água poderia chegar até a 20% (ou mais, segundo um Dr Sanitarista, em “off”, é claro).

A intervenção nos Tingues, para revitalizá-lo ou manter sua vasão,  ou ainda, aumentar, visto que há informação que ela não baixa… É segundo a proposta fazer barragens nas laterais da estrada que contorna sua bacia ou aquífero, que é o lugar no sub solo onde a água fica armazenada, água esta vinda das chuvas e infiltradas no solo… Uma outra solução poderia ser as barragem subterrâneas… Mas segundo os técnicos milhões de litros de água poderão ser infiltrados nesta bacia, a qual poderá até beneficiar o povo de Alagoas!… Alagoas é o estado, cujo capital é Maceió, não confundir com “as lagoas”!… Tipo a do Açude, que certamente será beneficiada, pois fica mais próxima que Alagoas!…

... Há passos de tartaruga, mas foi lembrado...
… Há passos de tartaruga, mas foi lembrado… Esta lagoa, também!…

Lagoa do Açude:

A sugestão em 15/03, para incluir o Açude,  no primeiro e rápido encontro sobre o assunto (com a equipe), foi do vereador José Osseias… Um importante manancial, esquecido por todos os governos, apesar de ser responsabilidade do Governo Federal… Abandonada por décadas, seu maior problema é o assoreamento dos riachos que a abastece, isso por conta das erosões e das barragens que foram construídas nos leitos destes córregos e certamente pela baixa  precipitação pluviométrica ou seja, pouca chuva!… A solução apontada foi a limpeza dos córregos entre outras iniciativas….

E por fim, O secretário de Meio Ambiente disse que oportunamente iria remeter ao blog um posicionamento e/ou pronunciamento sobre o assunto, visto que apesar do blog ser um meio “noticioso”, não deixa de expressar a modesta opinião do seu editor, o qual, diferentemente da maioria dos presentes que aprovaram as propostas, o fez com ressalvas, as quais expressas no evento e neste canal…

O canal:

O blog abre espaço, como tem sempre aberto para todos, independentemente dos posicionamentos políticos ideológicos, religiosos ou outros seja do leitor ou de autoridades… E mesmo se colocando à disposição, é pouco procurado, um meio que tem em média de 2.000 a 5.000 mil acessos/dia… É um “canal” aberto que poderia “revitalizar”, e “inundar” de  “transparência” a coisa pública, mas nem sempre há quem deseje tornar público o que muitos acham que é “bem particular”…

E o endereço do canal é este: [email protected]


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