Ele recebeu a grande comenda intitulada A Ordem Nacional, O Serviço Dedicado, no grau de Comendador, o mais alto grau nessa matéria. A comenda foi entregue pelo embaixador e escritor Mihai Zamfir, após uma alocução explicativa do alto gesto do seu país, levando em conta o trabalho desenvolvido, no campo cultural,ao longo da vida do homenageado, culminando com a recente publicação do seu livro “Brasil e Romênia: Pontes Culturais” (1.200 páginas), recentemente lançado na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro.
Vários diplomatas, escritores e artistas compareceram à memorável solenidade, destacando-se, entre outros, o embaixador Gilberto Vergne Saboia, presidente da Fundação Alexandre Gusmão/Itamarati, embaixadores do Equador e do Timor-Leste, escritores, artistas plásticos, ministro do STJ e escritor Fontes de Alencar, presidente da Associação Nacional de Escritores (ANE), editor Victor Alegria e sua esposa Isis, dedicada bibliotecária, Constantin Rusei, ministro conselheiro para assuntos culturais da Embaixada Romena, acompanhado de sua descontraída esposa Tinca, jovem Tagore Alegria, superintendente técnico da Thesaurus, além da presença honrosa do renomado poeta João Carlos Taveira, membro da Academia Brasiliense de Letras e do ilustre jornalista e escritor Dílson Ribeiro, confrade do homenageado e representante da Academia de Letras de Brasília, acompanhado de sua esposa Gracinha.
Da Bahia participaram da reunião o magistrado Joaquim Coutinho, outro animador cultural de Andaraí-BA, acompanhado de sua esposa a educadora Tereza Coutinho, além do professor Alécio Brandão, diretor de Imprensa da Fundação Cultural Prof. Mota, de Macaúbas-BA, que deu cobertura ao evento.
O condecorado usou da palavra e fez uma espécie de declaração de seu incondicional apreço pela Romênia, tomando como pontos de referência os seguintes valores históricos que muito dignificam aquele país:
1) Os geto-dácios, antepassados dos romenos, nunca adotaram a escravidão. Muito pelo contrário, abominavam-na, enquanto todos os seu vizinhos, ao lado de outros povos em volta do Mediterrâneo, usaram-na sem nenhum constrangimento, bastando lembrar Platão em sua República que a considerava uma prática muito normal;
2) A Romênia nunca fez uma guerra de conquista, sendo todas aquelas que foi abrigada a enfrentar, apenas para a sua própria defesa. Por isso mesmo, talvez somente ela, na Europa, tenha o privilégio de olhar a história sem sentir remorso.
Em seguida, o editor Victor Alegria usou da palavra para enaltecer a vida e a obra do condecorado.
Ao finalizar a solenidade, o professor doutor Ático com muita emoção apresentou os agradecimentos ao Governo da Romênia pela concessão de tão honroso titulo, à Embaixada pela realização do evento, a Thesaurus Editora pelo ininterrupto apoio à cultura romena no Brasil, finalizando com palavras de gratidão ao ex-Embaixador na Romênia, Jerônimo Moscardo, cuja interferência junto ao Itamarati foi decisiva para que o homenageado fosse nomeado professor de Cultura Brasileira junto àquela Embaixada e outras instituições bucarestinas, permitindo-lhe, dessa forma, o prolongamento de sua permanência na Romênia a fim de concluir as pesquisas naquele país.
Encerrou-se a cerimônia com um jantar constituído somente de iguarias romenas, sendo os convivas sempre orientados pela embaixatriz Micaela Zamfir, uma inflação de simpatia, pois ela é natural de Iasi, uma bela e fidalga cidade romena, província de Mihai Eminescu, o poeta nacional romeno.
* Alécio Brandão é diretor de Imprensa da Fundação Cultural Prof. Mota, de Macaúbas-BA