Um dos temas mais comentados nos discursos dos vereadores na sessão desta terça feira, 29, foi a crise hídrica que passa o município de Macaúbas, tendo maior impacto nas comunidades rurais. Informações preliminares levantadas pela Coordenação da Defesa Civil, apontam algumas regiões do baixio, como as mais afetadas, muitas comunidades sem acesso a água potável, nem mesmo as de carro pipita, estão passando por privações sérias.

Na sede municipal, o SAAE, autarquia responsável pela coleta e distribuição, modificou há algumas semanas o sistema de distribuição, que eles chama de “manobra hídrica”, o que na verdade é o sistema de rodízio, em nota o SAAE informa que devido o aumento do consumo e a estiagem, e além disso, a falta de novas fontes para atender as novas demandas, forçaram o órgão a mudar o sistema de distribuição, aumentando o números de dias sem água na rede para viabilizar  o atendimento às populações/usuários de fim de rede.

Já na comunidade de Araças, como mostra a imagem acima, toda essa água são “sobras”, o poço jorra água que é jogada no mato, poderia ser melhor aproveitada, mas há ai um conflito político e de interesses que deixam muitos sem o precioso líquido, cada vez mais escasso.

Na Câmara Municipal, alguns vereadores, a exemplo de José OseiasI (PV), propôs mobilização dos vereadores, da sociedade civil e de órgãos numa iniciativa de “salvamento” das nascentes que servem o município. E deixou no ar a seguinte questão: … “O que o município vem fazendo para recuperar suas nascentes?”…  Oseias, também defendeu o desassoreamento dos coregos que alimentam o Açude de Macaúbas, como forma rápida e paliativa, mas disse que seria necessário um projeto grande que resolvesse de vez o problema de falta de água em Macaúbas. Como exemplo, deu a construção de uma barragem no leito do Rio Santo Onofre.

Já o vereador Anderson Gumes, disse que o SAAE tem a responsabilidade legal de revitalizara as nascentes as quais explora, conforme prevê o Art. 7° do Novo Código Florestal. Disseram que o SAAE parece esperar que a situação chegue no caos total para tomar iniciativas. O blog não consegui manter contato com o SAAE para que o mesmo se posicione diante as críticas. Mas a mesa da Câmara, conforme solicitação de vereadores, deverá convocar o Diretor da Autarquia para prestar esclerenquimatosos à comunidade na próxima reunião.

Para piorar a situação o projeto do governo do estado de criar uma adutora na Barragem do Zabumbão, localizada na Bacia do Paramirim,  deve ficar de molho. O motivo é que o Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio São Francisco (CBHSF) acolheu uma admissão de conflito e atendeu a reivindicação do comitê que representa as bacias dos rios Paramirim e Santo Onofre (CBH-Paso). Com isso, o processo de construção da adutora fica suspenso até nova determinação e discussão do projeto  (clique aqui e veja post do Blog do Glauber).

Um dos eventos mais concorridos desta II edição da FEMAC, entre os dias 24 a 27, foram os ciclos de palestras que trataram de vários temas, entre elas, a palestra sobre Assédio Moral no Trabalho, tendo como facilitadora a Psicóloga Natália Dias, no sábado, 26. Entre os temas apresentados estavam  os principais aspectos sociais do Assédio Moral e os impactos psíquicos para os trabalhadores que são vítimas dessa forma de violência que pode ocorrer tanto em organizações privadas como públicas. Além disso, foram apresentadas as formas de enfrentamento e como deve ser realizada a denuncia.

O Assédio Moral, segundo a Organização Internacional do Trabalho – OIT, “é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização,forçando-o a desistir do emprego e/ou gerando adoecimento físico e mental. O Assédio Moral é considerado crime e pode ser denunciado pelos trabalhadores através dos sindicatos, conselhos profissionais, Ministério do Trabalho ou Ministério Público.