Blog do Alécio Brandão

(OFF..) Uma Macaúbas que Macaúbas não vê!…

Uma das melhores vistas da cidade, um dos lugares mais abandonados, inóspitos e perigosos para sua população, principalmente crianças, idosos e pessoas debilitadas ou portadoras de algum tipo de necessidade especial. Lá em Macaúbas, a Macaúbas que ninguém vê; lá eles veem todos nós, lá de cima. De cima de um completo e desumano abandono… Lá se ouve os “gemidos da cidade”, ver-se as luzes, que para eles ofusca o seu brilho de “SER HUMANO”, e não ser tratado como gente!

 

Esta criança deve ter em torno de três anos de idade, a imagem diz tudo!
O precipício teve ter em torno de três metros de altura/profundidade, 
há acúmulo de lixo, mato e muita pedra, o esgoto, corre a “céu aberto”.

 

Semi
Lá em cima a liberdade é plena.
Tem-se o cruzeiro – Identificado pela sua cor
Tem-se o limite entre os autos-de-fé.
Lá em cima a metástase da mente – O costume.
O costume de ter fé…
Desde agora sente-se o atino do idiota.
Somos aqui alóctones da fé…
A solenidade no pecar, o antro do protestar…
Ao protestar o real…
Culto aos mortos – pamblegia do saber, da alma.
O iminente aborto da sabedoria da serpentina…
A primeira dama do pôr do sol.
Senta-se e cospe no ermo oriundo.
O santuário, o sacrifício de ter fé…
(Alécio Brandão, 1990)

( Poesia publicada no Livro; POETAS DE MACAÚBAS, antologia, organizado pelo Prof. Alan José de Figueiredo – e editado pela Fundação Cultural Prof. Mota: 1.993)

 

 

A liberdade aqui é soltar pipa… Correr… Pra fugir
de uma realidade inevitável… Mas á fé não gera sacrifícios:
“Lá em cima a liberdade é plena”.

 

Mesma rua… “Ao protestar o real“…” Senta-se e cospe no ermo oriundo”. A dona da casa, de cócoras no passeio em sua “fé descrente”, perguntou: “será que eles “vai” mexer aqui?”
Um verdadeiro “Camarote”. Segundo moradores durante o São João turistas sobem o morro para tirar fotos da cidade, até estrangeiros! Pois é… Um camarote… Subir morro é realmente coisa para celebridades, ficar lá em cima não... “Lá em cima a metástase da mente – O costume”

 

A solene e bela vista: o nascer do Sol… E de uma esperança…
“A solenidade no pecar, o antro do protestar”
Esta também é a vista bela do dia-a-dia de nossas celebridades…  Os autóctones.
“A primeira dama do pôr do Sol” fica  do outro lado… Outra bela vista,
onde “Tem-se o cruzeiro – identificado pela sua cor”.
Onde fica este “paraíso”?
O lugar não é muito famoso, tem sua fama em “off”, os moradores nem sabem ao certo o nome da rua, uns chamam de Trav. Flamiano (devido o nome do prédio escolar que fica na rua de baixo), no entanto, a rua de baixo não tem esse nome; Rua Flamiano Alves Pimenta, até na conta de energia elétrica consta assim, mas o nome correto é
Rua Aurelino Chaves. Alto da Santa Cruz! Macaúbas, Brazil…
Esta população está à espera de uma resposta feita pela senhora: “Será que eles vai mexer aqui? Com a palavra as autoridades competentes!


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