“A gratidão é a memoria do coração” (Antístenes) – Escrita numa folha de papel madeira, a lápis de cera, numa parede atrás de sua cadeira na sala da Presidência da Fundação Cultural Prof. Mota… Era uma das suas preferidas… E entre uma e outra sempre usava a expressão, até como forma de conselho e motivação: “Nunca deixe o arado no meio do campo”… E ele, ao deixar este plano, levou consigo o seu arado…
Libriano, nascido em 11 de outubro de 1928… 87 anos dedicados aos estudos, saiu de Macaúbas no lombo de cavalo aos 12 anos para estudar em Salvador, sob os incentivos do seu pai José Batista da Mota e orações de sua mãe Dona Aida Frota Vilas Boas da Mota… Sua história é rica, autores de diversos livros, professor e um dos có-fundadores da Universidade Federal de Goiás, membro da Academia Baiana e Brasiliense de Letras… Sua casa, que será transformada num memorial, onde foi sepultado no fim da manhã deste Domingo de Páscoa, 27 de Março de 2016, ao lado de sua esposa, Dona Alzira que faleceu poucas semanas antes (12/02/2016)…
Amigos, parentes… Ali toda Macaúbas também representada, uma cidade por ele venerada… Radicou-se aqui, em março de 1989, no casarão dos seus pais, na Praça da Matriz, hoje sede da Fundação que leva o nome do seu pai, fundada em agosto de 1972. Prof. Ático fez úteis e profundas mudanças no cotidiano de Macaúbas, tendo o número 11, como o “da sorte”, como sugestão, fez uma lista de onze frases à Igreja Católica para que a mesma substituísse o “Aviso Fúnebre”, usado para anunciar falecimentos na cidade através do alto falante da Igreja Matriz, entre as quais, foi escolhida: “Aviso do Repouso em Cristo”!…
O repouso em Cristo do Prof. Ático, como toda partida de uma ser ímpar (por ser 11, talvez) , parece ser um desserviço, uma desnecessidade; talvez necessária… Talvez.
Não poderia faltar um dos maiores símbolos de expressão cultural de Macaúbas, os meninos do também eternizado Prof. José Benedito do Amaral, musico nato, o qual o Prof. Ático tinha grande apreço; com a Filarmônica Nossa Senhora da Imaculada Conceição, entoou vários dobrados, entre eles, Macaúbas, do saudoso Maestre Zé Preto, além do Hino Nacional…
O seu testamento deixado para toda a humanidade, visto que era um cidadão global, o seu legado, na verdade as suas vontades em vida: “o não exercício da Lei do Menor Esforço“, a via mais instigante é aquela que mais exige de nós, ou seja, manter vivos os seus projetos: a Fundação Cultural Prof. Mota, O Museu e o Memorial da Casa Viva, em sua residência, a sua eterna morada!
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