* Por Irlando Oliveira

Notamos, assim, que foram inúmeras as conquistas das mulheres ao longo desse período, as quais lograram ainda, aqui no Brasil, a Lei Maria da Penha, em 2006, e a Lei do Feminicídio, em 2015. Mas algo tem nos inquietado, pois percebemos que, na atualidade, algumas mulheres têm se permitido a condutas extremamente equivocadas, já que têm confundido – ao que nos parece – liberdade com libertinagem. Desta forma, analisando os significados dos referidos verbetes, à luz do dicionário, vamos encontrar liberdade como sendo o “direito de proceder conforme nos pareça, contanto que esse direito não vá contra o direito de outrem; condição de quem goza de liberdade; conjunto das ideias liberais ou dos direitos garantidos ao cidadão”. Ao passo que libertinagem se traduz naquilo “que ou quem revela um comportamento moralmente desregrado, centrado nos prazeres sexuais; devasso”.
Assim, pensamos que, como a mulher esteve ao longo da história sempre reclusa, limitada no seu comportamento e no seu proceder, algumas se mantêm nessa conduta atávica, agindo e atuando pessoal e profissionalmente como mulher, sem perder seu brilho e sua dignidade. Contudo, outras têm apresentado comportamento completamente diverso, causando perplexidade à sociedade, devido ser algo que macula a figura feminina, pois temos constatado atos de exibição do corpo, através do nudismo na internet, de “danças” inomináveis, já que não apresentam nada de sensualidade; pelo contrário, de degradação! Sem contar os vídeos pornográficos veiculados nos grupos de “WhatsApp”, em que algumas se permitem se desnudar literalmente, sem medo, pudor ou vergonha, conspurcando a própria dignidade! Assim, nos perguntamos: em troca de quê?
Não é porque a mulher conquistou a sua liberdade – como vimos, com muita luta – que poderá se permitir a condutas degradantes. É preciso cautela! A beleza, a elegância e a maravilha da mulher reside na sua feminilidade, na sua doçura e na sua sensualidade natural, pois tais atributos são ínsitos de qualquer uma! A mulher que se permite a condutas de baixeza moral perde seu valor perante qualquer homem! Os chamados assuntos de alcova somente dizem respeito ao casal, pois o que sucede entre quatro paredes representa a intimidade dos enamorados, devendo ser algo apenas destes, apesar de sabermos dos inúmeros desvios sexuais que muitos são portadores.
Desta forma, que as famílias possam orientar e acompanhar suas filhas, dando-lhes as noções e o entendimento do presente texto, sob pena de vermos, a cada dia, a mulher se comprometendo no seu real papel na sociedade! A ela, está reservada a experiência de uma vida plena, mas sem comportamentos vis, pois a emancipação da mulher foi algo conquistado com muita luta, apesar de ainda termos, culturalmente, civilizações que as tolhem nas suas condutas e formas de ser.
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* Irlando Lino Magalhães Oliveira é Oficial da Polícia Militar da Bahia, no posto de Major do QOPM, atual Comandante da 46ª CIPM/Livramento de Nossa Senhora, e Especialista em Gestão da Segurança Pública e Direitos Humanos.