Moradores do Alto do Cruzeiro, bairro que fica à margem esquerda da Av. Prof. Atico Mota, vive seu eterno “calvário” diante da falta de saneamento básico, esgoto correndo pelas ruas, muita lama, mato e lixo espalhados por toda parte, foco constante de insetos e doenças. Realidade esta também vivida por outros bairros da cidade.
Kallif inicia a reunião às 17:08. E o povo na toca…
Na “opção” involuntária do seu calvário…
Na reunião realizada neste fim de tarde, prevista seu início para às 17:00h, foi dado início às 17:08, pelo ativista Joe Kallif, paulistano filho do macaubense Nezinho Defensor, fundador do Asilo São Francisco de Assis e Capela que tem o mesmo nome.
Kallif desabafa nos seus primeiros minutos convocando a comunidade com seu microfone e duas caixas de som cedidas pelo músico Vitor Bahia… E ele acompanhado do seu microfone, clama por presenças, pede ao povo para sair de suas casas e aos poucos nas esquinas ver-se caras assutadas se aproximando, se indagando… Desacostumados com atos sociais como estes, o macaubense isola-se dentro de si mesmo e se repreende por que se acha repreendido dentro de sua alto estima baixíssima…
E para quem vive “fora das muralhas da cidade” e nas baixadas e não nas colinas, se acham impedidos de reivindicar, talvez por achar que é uma vontade divina “viver num eterno calvário”… E para contrariar este pensar “calvariano do macaubense“. Kallif diz que a Divina Providência não deseja o mal estar de nenhum cidadão, mas que é preciso buscar, e não importa onde estiver, o bem estar, dever e direito de todo cidadão. E para aquelas populações, o bem estar é o urgente saneamento básico, apenas o básico: o saneamento.
E no seu desabafo, Kallif tenta alerta a comunidade: “… Eu não moro aqui, venho de São Paulo para atender um pedido do meu pai… Quando venho a Macaúbas fico hospedado lá no centro, lá acima… E lá, quando me aliviu, ele desce até aqui… E meu alívio é o sofrimento de vocês…”
E ainda cita o Hospital como um agente agressivo e contaminador do solo, pois os seus esgotos sanitários também são despejados no sistema incompleto, que são jogados a céu aberto…
As imagens do dia, as do calvário:
Mato cresce adubado pelo esgoto que é lançado nas ruas…
Tudo cresce em Macaúbas…
Muto lixo e abandono é visto…
E onde estão os 4,5 milhões de Reais para canalização e destino fina do esgoto?
A população de Macaúbas ainda não aprendeu a perguntar e muto menos a responder… E como recompensa se crucifica e sofre na única opção que acha ser a correta: o calvário, fora das muralhas da cidade, independe se ser numa colina ou no vale…
E este não é o melhor e mais lindo Por do Sol…
E não é fácil observar tudo isso calado!…
E sobre a Luz de cada um é que se inicia a crucificação da Lei do Menor Esforço, a cavar masmorras aos vícios e erguer templos às virtudes…
O uso da palavra:
O músico Vitor Bahia…
Fala do engajamento da comunidade pela causa e do direito pela sua reivindicação.
O morador do lugar…
Sr. Francisco, líder comunitário diz que a causa não é política e sim social e justa.
Em nome da Fundação…
Anibal Cajado, fala em nome da Fundação Cultural Prof. Mota, estando lá também presente o Prof. Ático que preferiu o “silêncio do calvário”! Anibal também se solidariza com a comunidade e incentiva a ação e a mobilização sem apegos políticos, apenas com a legitimidade da cobrança justa e imparcial.
Do Loteamento Bastos…
Ticão, falou muito, e o “tiquinho” que valou foi o suficiente… Pedreiro, construtor de diversos prédios daquela região, declarou que quando abria a fundação para edificá-los encontrava água podere, fétida que corria suas mãos. Disse que todo solo estava contaminado por tantos anos de abando…
Um sério depoimento deste cidadão que atravessou a cidade para alertar mais que aquela comunidade, mas toda sociedade sobre a contaminação do sub solo e assim o seu lenções freático.