Cachoeira próximo a Lagoa Clara… Agora é de Riacho de Santana…
Poucos macaubenses conhecem Macaúbas, andam pelo interior, sabem seus limites, suas belezas naturais, rios, lagos, cachoeira, sua fauna ou flora…
O patrimônio de Macaúbas não é só gente… Se assim fosse somente, que gente é esta que não valoriza sua própria gente?
Perdemos mais de 20% do nosso território para Riacho de Santana, Botuporã e Tanque Novo… Seria porque não gostamos daquelas gentes? Não valorizamos o suficiente os habitantes daquela região?
E o que dizer do patrimônio material? Região riquíssima em recursos hídricos, os grandes rios que cortam Macaúbas ficam ao Sul do seu território, “doado” para Riacho de Santana… Milhares de quilômetros quadrados de mata virgem, possivelmente rica também em minerais, rica certamente em recursos naturais… Com este conjunto de cachoeira que ficou do outro lado da linha divisória com o novo traçado do mapa de Macaúbas… Não cruze os braços e não só reze!
A água é o mineral mais precioso da Terra…
E até agora perdemos tudo isso!…
Vale mais que ouro! Segundo estudo será o líquido que irá gerar guerras no futuro, um litro de água em certas regiões do planeta é mais caro que um litro de gasolina. Água é a base da existência humana, e de toda espécie no Globo terrestre…
E Macaúbas irá entregar passivamente este patrimônio? Exija dos seus representantes medidas urgentes para reverter esta situação. Não importa se a Lei foi sancionada pelo Governador do Estado, se for considerada inconstitucional, o que tudo indica que é, pois as transferências destes territórios foram feitas sem o plebiscito, conforme orienta a Constituição Federal.
Quem está ganhando com a perda de mais de 20% do território de Macaúbas para Riacho de Santana, Botuporã e Tanque Novo? Certamente Macaúbas não é! E quem é Macaúbas? Seria sua gente, seu patrimônio maior? E gente é povo, é população… E existe povo sem território?
Segundo informações na época que “corria” este projeto na Assembléia Legislativa da Bahia (Lei que tratava da transferência da maior parte, que foi para Riacho de Santana), que eles chamavam de “atualização territorial”, a administração anterior foi notificada, membros do Território de Identidade Vale do Paramirim comunicaram o gestor na época e segundo consta, não foi feita defesa plausível para evitar o processo de transferência. Fato é que não foi feito um plebiscito, as populações envolvidas não foram ouvidas…
O remédio agora é correr atrás do prejuízo, devido a negligência e para isso somente o Chefe do Executivo ou a Mesa Diretora da Câmara podem promover junto ao Tribunal de Justiça do Estado uma AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – tentar reverte a situação e dá este presente para Macaúbas, para os macaubenses.
Está na hora de Macaúbas conhecer sua nova cara! 181 anos e ainda não conquistamos nossa maioridade… Nossa cidadania plena…
Esta é Macaúbas Terra Amigas – de poucos amigos!
Caso aconteça um plebiscito e moradores daquela região optasse por Riacho ou por qualquer outro município, Macaúbas não precisaria perder toda aquela extensão de terras, pois a Sudoeste daquele território, que se aproxima de Canatiba, que representa mais de 70% do que foi repassado é completamente desabitado, poderia ficar para Macaúbas e ser transformada numa Área de Preservação Ambiental Permanente.
Visto que as populações de Cambaitó, Cachoeira e outras, não são obrigadas a pertencerem a uma administração que os ignore, que não os deram valor e não fizeram benefícios… Mas o processo legal e o respeito a Constituição devem existir.
