Blog do Alécio Brandão

Instituto de Meteorologia, prevê escassez de chuvas no Sul, comprometendo safra, e índice elevados em parte do Nordeste.

Conforme preocupante nota do portal: www.noticiasagricolas.com.br, os próximos três meses serão acompanhados de duas grandes preocupações para a safra 2017/18 de grãos do Brasil. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os meses de fevereiro, março e abril terão baixos volumes de chuvas em toda a região Sul, por outro lado, altos acumulados são previstos em partes do Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

Sem chuvas no próximo trimestre, as lavouras de grãos no Sul do país, que costumam ser colhidas mais tarde que no restante do país, podem ter problemas justamente no enchimento de grãos. Já no Centro-Oeste, as preocupações serão nos estados de Mato Grosso e Goiás, que terão colheita debaixo de muitas chuvas. No Mato Grosso do Sul, são previstas baixas precipitações.

Veja o mapa com as médias previstas de precipitação para os próximos três meses em todo o Brasil:

No mapa do Inmet, as áreas em verde devem ter mais chuvas no período. Enquanto que as em amarelo e laranja, a previsão é de que ocorram menos precipitações, conforme a escala lateral. “As chuvas no estado de Mato Grosso devem ter acumulado entre 500 e 800 milímetros nos meses de fevereiro, março e abril. Enquanto que no Norte do país, os volumes podem ultrapassar os 1200 mm”, disse Expedito Rebello, Coordenador-Geral de Meteorologia do Inmet.

Segundo o último levantamento do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), por exemplo, na semana encerrada em 19 de janeiro, a colheita de soja estava em 3,29% da área, enquanto que no ano passado registrava cerca de 11 % neste período. Os trabalhos estão mais de 8 pontos percentuais atrasados e tendem a deslanchar nos próximos meses com previsão de muitas chuvas.

Ainda segundo Rebello, áreas do Matopiba também devem receber altos volumes de chuva no próximo trimestre, o que também ascende o alerta para a colheita da safra de grãos na região que é importante produtora no país. “Com exceção da Bahia, são esperados volumes expressivos em Tocantins, Maranhão e Piauí. O Nordeste enfrentou anos de seca”, explica o meteorologista.

Enquanto são esperadas chuvas volumosas no Centro-Norte, o Sul do país deve ter baixos volumes, assim como na maior parte do Mato Grosso do Sul. No Paraná, segundo maior estado produtor de grãos no Brasil, são esperados cerca até 400 mm acumulados na maior parte do estado nos próximos três meses. Dados do Deral (Departamento de Economia Rural), do Paraná, apontam que a colheita no estado nem começou.

Para Rebello, essa condição para os próximos meses confirma a tendência relacionada a ocorrência do La Niña. Em sua forma mais clássica, o fenômeno favorece menores volumes de chuvas no Sul do Brasil. Enquanto que na maior parte da região Norte e Nordeste, as chances são de precipitações acima da média e no Centro-Oeste e Sudeste todo tipo evento pode ocorrer, já que estão bem na área central do país.

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O mapa abaixo mostra uma previsão probabilística em relação à média dos últimos anos. As áreas em verde devem ter chuva acumulada acima do normal no período. Enquanto que as em laranja para o vermelho, a previsão é de que ocorram precipitações abaixo do normal.

Veja o mapa com a previsão probabilística para os próximos três meses em todo o Brasil:

Desde setembro de 2006, o Inmet, por intermédio da Coordenação-Geral de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa (CGMADP) vem desenvolvendo e utilizando um modelo estatístico de previsão climática (LÚCIO et al, 2010). As previsões deste modelo têm sido fornecidas, também, como subsídio para a Reunião Climática mensal organizada pelo MCTI.

Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra 2017/18 de grãos deve ficar em 227,9 milhões de toneladas. Ela será 4,1% menor que a anterior, que foi recorde no país.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas


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