Em 2012, mais de 15 mil hectares de mata nativa foram destruídas em Macaúbas, diversos focos de incêndios no Catolés, Boa Madeira, região dos Tingues e Lagoa Clara. A imagem abaixo de animais fugindo do fogo próximo aos Tingues, foi capa do jornal A Tarde de 1º de Novembro daquele ano.
Já estamos no fim de julho e não se tem notícias de nenhuma ação das autoridades competentes quanto ao alerta, monitoramento e fiscalização das queimadas regulares nas propriedades rurais no interior do município de Macaúbas. Com as demissões em massa há algumas semanas certamente prejudicaram este tipo de trabalho, visto que alguns técnicos e fiscais ambientais foram demitidos, bem como em outra áreas.
Macaúbas mesmo com as perdas de mais de 30% do seu território, ainda tem uma grande área com quase 3 mil quilômetros quadrados. É percebido o maior abandono nas regiões de fronteiras, lugares mais distantes e menos povoados. Com o advento da estiagem e prolongamento da seca, as matas ficam mais vulneráveis aos incêndios, às queimadas e muitas destas clandestinas, sem comunicação e autorização prévia dos órgãos competentes, facilitando desta forma o seu descontrole e consequente danos ambientais.
O “Triângulo do Fogo”, neste caso é alimentado pela irresponsabilidade, ausência do poder público e a seca que já é natural, tão quanto os dois itens anteriores.