Blog do Alécio Brandão

Com o fim das eleições, veja agora os números, os vencedores, os vencidos e a Presidência da Câmara e as composições.

... É o fim de apenas uma etapa... Vem mais "briga" por ai...
… É o fim de apenas uma etapa… Vem mais “briga” por ai…

Tradicionalmente o partido que deveria fazer mais vereadores é do candidato vitorioso, mas tomando como referência a tendência nacional e a queda vertiginosa do PT, o qual perdeu mais da metade das prefeituras do Brasil, a exemplo no maior colégio eleitoral, onde o prefeito petista não consegui a reeleição. Em Macaúbas como o PT, fez coligação como PSD (partido na Bahia controlado pelo senador Otto Alencar e em Macaúbas presidido pelo vereador eleito Ricardo Costa), obteve mais votos que nas eleições passadas, mas mesmo assim, o PSD, teve quase 50% mais e outo agravante é que não consegui eleger o vice prefeito Gilbertinho, que teve pouco mais de 400 votos, mas reelegeu Té Oliveira com 601 votos.

O balanço dos partidos e de suas posições:

Analisando a tabela de votação por partido, a qual pouco reflete a identidade do eleitor com as siglas partidárias, visto que a nossa tradição é votar na pessoa do candidato e não no partido que ele representa, bem diferente do cenário nacional. Mas vamos lá, a primeira análise é o fraco desempenho do PCdoB que não fez nenhum vereador, o qual tinha dois, (Marquinhos que foi candidato a vice de Neto e Zequinha do Sindicato, este não logrou êxito); por outro lado o PSL, partido recentemente criado com a diluição do PV e do PDT (este que não consegui eleger nenhum representante), foi o PSL, presidido pelo pecuarista Agenor Santos, este é que tem a maior bancada com 04 vereadores, seguido do PT com 03 e os demais com dois cada, a saber: PSD, DEM, PSB e PMDB. O PMDB, aumentou sua bancada em 50%, reelegendo Marcelo Nogueira e surpreendentemente o agricultor identificado por Tio Pata, da comunidade do Leite, com 644.

E quem como fica a “nova” Câmara e o futuro presidente?

Há quem diga que quem elege presidente da Câmara é o prefeito, não é segredo das “interferências” do Executivo nas eleições do Legislativo, um bom exemplo foi o da Câmara Federal, onde a ex presidente Dilma tentou desbancar Eduardo Cunha e se deu mal… Em Macaúbas as coisas não são diferentes, a tendência é que a nova situação faça o presidente da Câmara, com o número de vereadores que elegeu (09), já teria número suficiente para não precisar na “nova” oposição…

Não se conta ai um possível “vira-vira” de vereador, já há conversas de bastidores de apoios secundários… Mas “hipotecar” não é crime, vejamos quem tem mais chances de fazer o presidente da Casa. Se formos pela lógica dos números por bancada, é certa a presidência para o PSL, podendo cair no colo do vereador Anderson Gumes, mas forças políticas internas indicam Ricardo Costa (PSD), mas, há quem diga que como “novato”, poderia encontrar resistência…

Mas!…

O movimento político mais esperado é do partido PSB, que tem dois candidatos eleitos, estes poderão fazer a diferença numa eventual futura aliança… Podendo, quem sabe retornar Marciel à cadeira central, provocando quem “não sabe”, uma “briguinha” interna que poderá inviabilizar a “cadeira” e talvez não o “movimento”…

Porém,

Sabe-se que eleição de Câmara de Vereador o resultado já se tem de véspera, e ela já começa a ser costurada na antevéspera…

Veja como ficaram as forças partidárias

1º-   PSD:       25,66%   =  6.240 – Elegeu 02 vereadores

2º-   PT:          16,52%   = 4.017  – Fez 03 vereadores

3º-   PSL:        16,12       = 3.920 – Fez 04, maior bancada

4º-   PDT:         9,42       = 2.291  – não fez nenhum

5º-   PSB:         9,42%   = 2.290  – Fez 02 representantes

6º-   DEM:       8,91%    = 2.167  – Também 02 vereadores

7º-   PMDB:    8,89%    = 2.162  – 02 vereadores 

8º-   PEN:        2,29%   =    557 – não fez nenhum 

9º-   PC do B:  2,22%    =   541 – não fez nenhum 

10º- PSOL:     0,56%    =   136  – não fez nenhum e ainda perdeu candidato. 

Acompanhe agora a distribuição de votos por coligação:

  • PSL / PSD com 41,77% = 10. 160 votos 
  • PDT / PMDB / DEM / PC do B / PSB com 38,86%  = 9.451 votos 
  • PT / PEN com 18,81% = 4.574 votos

E o que é e como ficou o cociente eleitoral?

E como ficou o cociente eleitoral. É com esta matemática é que se obtém o número de votos que um candidato e/ou partido e ainda e/ou coligação precisa ter para eleger um vereador. Primariamente é dividir o número de votos válidos (que ficou neste pleito em 24.321 votos, pela quantidade de vagas oferecidas pela Câmara (neste caso 15 cadeiras), obtém-se ai o número mínimo que um vereador (ou aquelas situações citadas), que ele precisaria para ser eleito, que foi o de 1.621 votos. Mas como tem candidatos que não alcançam este número e mesmo assim é eleito? Ai é que está, nesta modalidade, a qual muito criticada onde um candidato “estrela” puxa votos para sua legenda, veja o exemplo: Se o partido de Ricardo Costa (PSD), tivesse apenas dois candidatos ele e mais um qualquer e só ricardo tivesse 1.620 votos e o outro apenas um (certamente o dele mesmo), este outro com apenas 10% do mínimo necessário, segundo consta,  seria eleito, “puxado” pelo “campeão de votos”.

Por isso, se diz que o mandato do vereador/deputados, pertencem ao partido, pois, é o partido que elege (na maioria das vezes), seus candidatos. Um bom exemplo é o caso do vereador José Oséas (PSL) que perdeu, mesmo tendo 585 votos e sendo eleito o candidato Vandinei do PT com 458 votos.

Outra particularidade é que apesar do da coligação PT/PEN ter obtido votos suficiente para eleger até 03 vereadores, só elegeu, isso se deve por ter “sobra de votos” de outra coligação, a qual foi maior do que a do PT/PEN, esta matemática também é alvo de críticas, mas vale a lei e nem sempre esta é lógica, como a matemática!…


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