Realizada na noite desta quinta feira, 09 – Sessão Especial do Dia Internacional da Mulher, aberta pelo Presidente do Legislativo Anderson Gumes, após convidou a única vereadora mulher do Legislativo, Márcia Brenda, para ser a Presidente de Honra em comemoração e homenagem a sessão que foi pautada por discursos sinceros, históricos e emocionantes, facilitados por diversas personalidades femininas que bem representou o “sexo forte” de Macaúbas.
A primeira oradora foi a assistente social Helia Lemos, que bem retratou a realidade das mulheres, relatando experiencias vividas e como testemunha ocular de situações degradantes. Bem como também fez seu pronunciamento e representou as mulheres produtivas, a agricultora Helena, da comunidade de Veredinha, ativista ambiental, Helena fala da dura realidade da “mulher do campo”, tendo esta os desafios e as diversidades que são inerentes à vida do campo, a mulher tem ainda sob seus ombros muitas das vezes a responsabilidade de ser única provedora de sua família… Já a cooperada da AFAM, associação esta das Famílias Agrícolas de Macaúbas,
Margarida é o nome dela, lembrou outras “margaridas” e as suas marchas, quando cita as ícones dos Movimentos Feministas, a exemplo de Maria da Penha (que deu nome a Lei da Mulher, que também serve ao homem), Irmã Dorothy e da própria Margarida e diz que entre os espinhos de uma política voltada aos “privilégios masculinos”, traumatiza a sociedade e enfraquece a presença feminina nas grandes discussões sociais do Brasil. “Dia da Mulher é Todo Dia”, nos lembra a Militar Policial Mulher Lessa, este é o sobre nome dela, a qual lembra que PM “fêmea” tem os mesmos tratamentos e corre os mesmos riscos de um PM “macho” e não por isso, ela não é, bem como suas colegas, submissa ao marxismo incorporado numa sociedade que tem valores distorcidos, cita Cora Coralina:
“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.”
Em seguida… A mensagem que “Dias” melhores virão, a partir do retirar dos véus, dos abrir dos olhos do despertar da consciência da própria mulher, que muitas vezes é vitima de si mesma… E nos esclarece com suas “doces” e “suaves” lágrimas, não frágeis, mais humanas, sensíveis em sua profundidade que tocou a todas e a todos os presentes: Natália Dias, externiza sua indignação quando afirma que as “prioridades das políticas de proteção à mulher, são meras notas de rodapé no contexto da legislação brasileira e principalmente nas ações de Estado”… E nos lembra o caso Gislei Leite, agredida e assassinada por seu esposo, o qual após “viver o seu calvário”, a acompanhou impune no leito da morte, num ato suicida, contra a sua mulher, contra a vida e contra si mesmo ou melhor, um ato contra a Humanidade!… Entre outras colocações, Natália fez relatos, citou casos, expressou suas vivências, experiências no cotidiano de diversas mulheres de Macaúbas, na sua árdua e às vezes “solitária” missão de mostrar para as mulheres a importância do “falar”, de se expressar, de fazer um B.O. o qual até este se encontra dificuldade de realização na Delegacia de Polícia local… Informa a criação do Conselho Municipal da Mulher, o qual já tem publicação no Diário Oficial de sua formação, fala sobre o Núcleo de Atendimento a Mulher e sua Rede e pede funcionamento das cheches do município em tempo integral, todo o ano, o ano todo!… Não se sabe se Dias nasceu realmente no Dia de Natal, mas sua luta, persistência e insistência tem nome: Viva Mulher!…
Em seguida, a Presidente de Honra, Marcia Brenda, fala sobre a importância da luta e persistência feminina nas decisões, mas que para isso; deve haver união e participação da mulher na vida pública, finaliza lendo um texto poético de autoria do Prof. Haroldo Gumes.
A sessão é finalizada pelo vereador Anderson Gumes, que retoma a direção da Mesa, o qual abre a Tribuna para alguns vereadores que fizeram uso da palavra elogiando os discursos das mulheres, as cumprimentando pelos Dias (ou poderia ser pelas Dias), pela Noite!… E por fim, todas e todos foram convidados para o “Coffee break”, que na verdade foi a “pausa” que deu fim a sessão e, “break” este, que não teve café… A esperada “pausa”, devendo ser esta duradoura, entre as diferenças dos sexos iguais em Deveres e Direito: homem = mulher!…
O público… Tão feminino, quão masculino… As ausências fizeram falta!… Mas, melhor que elas foram as presenças!…
