Blog do Alécio Brandão

A política eleitoral de Macaúbas: uma esquizofrenia imoral. Artigo de Sócrates Menezes.

Publicado no seu Facebook, um interessante artigo do macaubense Sócrates Menezes, professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Veja:

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Enfim, parece que se concretiza o que em 09 de agosto de 2012, antes da eleição municipal, havíamos denunciado: “Macaúbas e sua farsa eleitoral: quando as duas opções é uma só; e quando uma só não pode ser opção”. Denunciávamos ali o sentido que as eleições tinham em falsear os limites de atuação política no momento em que o mesmo projeto político nos era apresentado a partir de duas opções de voto, mas confesso que não era possível imaginar que se daria de forma tão esquizofrênica e imoral.

A primeira esquizofrenia imoral é mais de orem “matemática”: como que dois números representam um mesmo valor de imoralidade. Como havíamos denunciado, as duas opções era tão “uma coisa só” que não precisou nem de um ano para 40 virar 11, ou vice-versa. Imoralmente, seus mandatários de forma unilateral reconheceram que na verdade trata-se de poder, não de projeto político, e por isso acabam de se unir.

A segunda esquizofrenia imoral é que, com tal “aliança”, todos os grupos políticos partidários hoje estão na prefeitura. Que loucura! Todo mundo faz parte do governo: 40, 11, 13 e o ex-projeto de coronel (não tão “ex” assim, é verdade). O desastre da administração do executivo atual não está somente no não pagamento dos salários dos trabalhadores, ou do não cumprimento das promessas (CEUSMA e CEUMAC, por exemplo), ou da UPA que não se inaugura pelas mil e uma justificativas burocráticas, ou dos decretos de situação de emergência administrativa, nem da necessidade de ocultação de um possível do “rombo” (ainda não revelado) das contas herdadas da administração do coronelzinho, como se supõe, mas sobretudo pela incompetência nítida, evidente, lógica de seu mandatário em se articular politicamente.

A terceira Esquizofrenia imoral é que a oposição ao governo está sendo construída claramente dentro da própria prefeitura. Essa é a mais imoral de todos os tipos de esquizofrenia e o pivô de tudo isso é a “mobilidade” do ex-coronelzinho. Sempre foi nítido que a relação da prefeitura com a vice-prefeitura não era das mais confiáveis, mas estava alí sendo “aturada” como compromisso de campanha, isso até o “coronelzinho” usar essa fragilidade para minar a própria administração que ele ajudou a eleger. O mais imoral foi que no palanque, nas eleições, quantos discursos inflamados foram ovacionados por seus eleitores e que pregavam justamente a moralidade e a fidelidade política?

É tão esquizofrênico o estado político atual que o representante do governo se vê obrigado a buscar confiança em seu mais imediato opositor exatamente porque seu mais imediato aliado não é de confiança. E é tão imoral que não há quem nesta cidade esteja confortável com isso. Imagina: quantas brigas, quantas inimizades, quantas discussões, apostas, o quanto a farsa política-eleitoral serviu para afastar as pessoas entre 11 e 40, e agora? e agora?

A esquizofrenia é um tipo de estado latejante que deixa desorientado sobretudo as pessoas que enganadas, seduzidas ou compradas depositaram um voto de confiança ou crédito naquele que, embora não significasse diferença substantiva ao outro, mais exercia credibilidade, eleitores esses que se encontram atualmente com o clássico sorriso amarelo-sem-graça. Isso significa exatamente toda a população de Macaúbas, exceto aqueles que entenderam o jogo sujo e votaram nulo, branco ou se abstiveram.

Sócrates Menezes

(Macaubense, é professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – fotos acrescidas por Macaúbas On Off)

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