“O conhecimento é um bem que, por mais seja armazenado, jamais toma qualquer espaço. Pelo contrário, faculta mais ampla facilidade para novas aquisições”. Joanna de Ângelis
O verbete “professar”, dentre outros conceitos, significa ensinar, dedicar, ser professor. A tarefa de educar, para aqueles que assumem tal desiderato, impõe dedicação e empenho diários, ainda mais nos tempos atuais em que a informação está ao alcance de todos, atingindo o seu momento apoteótico. O conhecimento é conquista necessária para a evolução do Ser, ensejando-nos significativa melhora para a compreensão da vida, a qual se nos apresenta desafiadora.
Sócrates (399 a.C.), um dos grandes pensadores de Atenas, levava seus discípulos à conquista do conhecimento por meio da maiêutica, método através do qual se buscava a verdade de dentro do próprio homem, mediante uma reflexão permeada pelo diálogo. Através desse processo educacional, “combatia” veementemente os sofistas da Grécia Antiga, refutando os seus sofismas. O próprio Sócrates, mesmo diante de toda a sapiência que o caracterizava, reconhecia a sua insignificância diante da busca do conhecimento, da verdade. Ele simplesmente dizia: “só sei que nada sei”. Esse era o axioma socrático! Demostrando-nos que o conhecimento é multifacetado, e que, cada vez que pensamos que sabemos, compreendemos, mais e mais, que nada sabemos!
Muitas “verdades” apresentadas como verdadeiras, ao longo dos tempos, foram sendo derrubadas ou tiveram revistos os seus conceitos. O Cristo teve a oportunidade de dizer: “conhecereis a verdade e esta te libertará”, apontando-nos o rumo para a busca do conhecimento – a qual deve ser pessoal e intransferível –, livrando-nos das amarras e das algemas dos conceitos equivocados. Devemos porfiar, por assim dizer, na perseguição da verdade, jamais nos permitindo às desilusões ocasionadas pela nossa passividade. O que nos move e nos instiga na vida é tentar encontrar o seu real sentido!
O labor diário do professor, em sala de aula, tem favorecido o encontro com esse conhecimento. O docente tem sido elemento catalisador desse processo. Pena que muitos alunos não se dão conta disso! As inúmeras dificuldades encontradas por esses profissionais, em seu ambiente de labuta – os quais, muitas das vezes, não têm o reconhecimento daquilo que efetivamente fazem –, têm os levado à busca por melhores condições de trabalho, aliado aos anseios naturais por salários dignos, isso tudo traduzindo uma verdadeira luta “extraclasse” desses profissionais, cuja faina diária, dentre outras coisas, complementa o processo educacional dos nossos filhos.
No que diz respeito à educação, entendemos que, assim como os pais, os professores devem assumir uma postura de modelo, de paradigma social, de modo a permitir que a sua conduta seja seguida pelos seus discípulos (alunos), como forma de robustecer a educação como um todo. Não esqueçamos de que a palavra convence, mas o exemplo arrasta!
Neste dia em que se homenageia o Professor, que possamos dimensionar a amplitude e a grandeza de sua profissão. Vaticinando, podemos afirmar que dia virá em que os educadores, mesmo já reconhecidos no seu papel, ocuparão os locais de proeminência na sociedade, diante do ofício a que se dedicam e ante a importância dessa profissão para o tecido social, já que não há outro caminho para a melhora da humanidade se não for pela educação.
* Irlando Lino Magalhães Oliveira é Oficial da Polícia Militar da Bahia, no posto de Major do QOPM, atual comandante da 4ª CIPM/Macaúbas, Aspirante a Oficial da Turma de 1986, tendo ingressado nas fileiras da Corporação no ano de 1984. Possui especialização em Gestão da Segurança Pública, pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB); Direitos Humanos, pela Faculdade Dois de Julho; e Programa de Desenvolvimento Gerencial Integrado (PDGI), na área de Gestão de Segurança Pública, pela UNEB e Fundação de Administração e Pesquisa Econômico-Social (FAPES). Já proferiu mais de 100 (cem) palestras abordando temas sobre violência em meio escolar, segurança nas escolas, dentre outros. Email: [email protected]
