Blog do Alécio Brandão

Veja o que o SAAE fala sobre desperdício de água, ligações clandestinas e das “águas do Zabumbão”!

(Cachoeira dos Tinguis)… Fonte da maior demanda de água de Macaúbas.

Alguns leitores, consumidores e pessoas outras mantiveram contato com a redação do blog, dando e solicitando informações sobre assuntos ligados a “crise hídrica” que vive Macaúbas – esta que também tem relação direta com o sistema de distribuição de água feito pelo SAAE, bem como ai cabe incluir os desperdícios d’água que se dão de diversas formas, uma mais notável é a provocada por “canos quebrados”, outras até “invisíveis” (como informa em nota o SAAE) e  uma outra que é muito grave e comum, são as ligações clandestinas (os famosos gatos), sempre se tem notícias de um! E por fim, a tão esperada água do Sistema da Adutora Zabumbão, que é uma obra do governo do Estado, esta que tem promessa chegar em Macaúbas e até aumentar em 50% a oferta de água que hoje é disponibilizada pelo SAAE…  Questionamento este que o SAAE diz não ter conhecimento e que não faz parte de sua responsabilidade. Fato é que espera-se que o Estado conclua a obra, a qual deverá ser administrada pela empresa estatal EMBASA, que já atua em alguns pontos no município de Macaúbas. Contudo, segundo o SAAE, não há uma “formalização” desta parceria com a autarquia. Informações de bastidores obtidas pelo blog, é que há uma negociação para que o SAAE “compre” águas da EMBASE e repasse para seus usuários. No entanto, é sabido por todos que há uma obra de dutos que liga o Sistema Zabumbão a ETA que é administrada pelo SAAE, ai fica difícil entender a resposta dada pelo SAAE ao ultimo questionamento  ao leitor do blog.  Veja esta matéria do blog a respeito do assunto das águas do Zabumbão:

“Cocô in natura tratado”: Adutora do Zabumbão será integrado a ETA de Macaúbas. Adeus “água doce” dos Tinguis!

Para melhor compreensão do leitor, levando em conta que o texto é grande e foge dos nossos padrões, levando em conta que “muitos de nós” não têm o hábito/paciência da leitura, o que é um traço decepcionante nosso! É que no primeiro questionamento quanto ao desperdício de água, que segundo o SAAE, há em média a nível  nacional, um desperdício de 40%. Este desperdício, ao qual nos referimos,  é o resultado do que é captado/tratado pelo SAAE e o que de fato chega na caixa/torneira do usuário; ou seja, a nível Brasil, de cada 100 litros de água, apenas 60 litros são aproveitados. Assim sendo, 40 litros são perdidos por diversas formas, entre elas estão os vazamentos, ligações clandestinas (gato) e outra como “má aferição” (defeito no hidrômetro)… Um servidor do SAAE, em “off” – levou ao conhecimento do blog que há mais de 30% de desperdício em muitos trechos (que eles denominam de “pequeno sistema”), um exemplo: O SAAE solta 100 litros de água neste sistema e só arrecada 55, 60, ou 70 litros, estes que são cobrados/aferidos no hidrômetro e gera a conta de água, esta informação é negada pelo SAAE, conforme informa abaixo.  Outra informação é quanto as ligações clandestinas, do mesmo modo, este sempre INFORMAL, diz o servidor, que: “tem gente lá dentro que sabe onde tem gato, e nada é feito porque há um “fator político” que impede a tomada de decisão”... Ou seja, e fato que há muitos “gatos” por ai, o problema é que muita gente sabe e não faz denuncia ao próprio SAAE, o qual aceita DENUNCIAS ANUNONIMAS. Então quando você tem conhecimento de uma ligação clandestina e não toma providência, até reduz sua condição de “queixas”.

Quanto a canos quebrados, o blog, já levou alguns casos ao conhecimento do SAAE, em especial na região do Pé do Morro, onde até o SAAE está fazendo umas melhorias e outras “piorias” – ou seja, abrindo valas e deixando a terra na lateral da estrada, a qual já não anda boa! Mas o serviço não contempla todo o trecho, ficando canos ainda descobertos e sobre o solo, e com uma “garoada”, a chuva descobre a pouca terra que está sobre os canos, como pode ser visto nas imagens abaixo:

Estrada de acesso Pé do Morro/Cupido.  Trecho após ao “curral de Tião Nunes”

 

Acompanhe abaixo a solicitação de informações feita ao SAAE, algumas oriundas de leitores do blog. Lembrando que qualquer cidadão pode manter contato direto com o SAAE, através dos meios disponibilizados pela autarquia. Contudo, quando o cidadão mantem contato com a redação do blog,  sobre assuntos de interesse público, nem sempre o blog obtém retorno de alguns setores. No entanto, este de prontidão foi dispensado pelo SAAE.

Desperdício  de água, ligações clandestinas

 01: Questionamento do blog, com informações de usuários e agente ligado ao órgão: A redação tomou conhecimento que uma percentagem alta (informada que seria maior que 30%), das águas captadas pelo SAAE não chegam as torneiras dos usuários, muitas destas (cerca de 30%) se perdem pelo caminho, e estas perdas são apresentadas como: desvio (ligações clandestinas, o famoso “gato”) – estes há até relatos que, principalmente na zona rural, é enorme, tendo até usuários que fazem “regadio” – mantendo caixas d’água de 30 a 50 mil litros e enquanto isso, vizinhos seus sofrem com a escassez. Diante disso, o SAAE tem algum programa que possa combater as ligações clandestinas? Visto que, há informações que a autarquia (de forma informal) tem conhecimento de muitas, pois, são detectadas pelos hidrômetros que não conferem com o volume de água que é disponibilizado para certa região, ou seja, a cada 100 mil litros “soltos” – os hidrômetros não acusam o mesmo consumo. Esta informação foi repassada a redação do blog, por um profissional ligado ao sistema, o qual preferiu não ser identificado.

Resposta do SAAE:

“Compreendendo a importância do nosso compromisso com a população de Macaúbas, buscamos oferecer um serviço público de qualidade no que diz respeito à captação, tratamento e distribuição de água. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Macaúbas foi criado há cerca de cinquenta anos pela Lei nº 10/77, desempenhando um papel fundamental ao longo desse tempo em benefício da comunidade. Recentemente, recebemos o questionamento através do Blog Alécio Brandão, alegando que 30% da água captada pelo SAAE não alcança os usuários finais, sendo desviada no percurso por meio de ligações clandestinas e outros problemas. No entanto, gostaríamos de esclarecer que essa informação não reflete completamente a realidade dos fatos, e queremos aproveitar esta oportunidade para fornecer mais detalhes. Certamente, reconhecemos que o índice de perda de água em Macaúbas, segundo nossos representantes, não está no patamar adequado, sendo que, estamos em busca de soluções para melhorar essa situação, embora estejamos operando abaixo da média nacional de perda de água captada, a qual, de acordo com o Instituto Trata Brasil (OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), formado por empresas com interesse nos avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país), que está em torno de 40% de perda. Além disso, é crucial destacar que a água perdida não está unicamente ligada a ligações clandestinas, envolve também rupturas nas redes, problemas de medição, como falhas nos hidrômetros e vazamentos invisíveis, salientando que, o regulamento do SAAE (Decreto Municipal nº 16/2001) permite, em casos de vazamentos invisíveis, a cobrança da conta pela média, conforme o artigo 84. É importante ressaltar que, para uma leitura adequada do hidrômetro e aferição correta do volume de água consumido pelos usuários, é essencial que a vazão seja suficiente para a leitura, sendo que, isso influencia consideravelmente nas perdas. Nossos servidores trabalham incansavelmente para detectar qualquer interferência na rede, instalando medidores em várias redes e acompanhando mensalmente o consumo e, quando irregularidades são identificadas, adotamos todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis, incluindo a interrupção imediata do fornecimento de água e o registro de boletim de ocorrência perante a autoridade policial. Embora tenhamos realizado ações, como a retirada das redes de dentro de área de terceiros para as estradas e a instalação de macro medidores em pontos estratégicos, reconhecemos que ainda há medidas a serem tomadas para reduzir as perdas de água, porém, tudo realizado, a Autarquia faz dentro de suas possibilidades financeiras, mas de forma alguma pode-se falar que, o SAAE tem conhecimento de ligações clandestinas e nada faz. Ressaltamos que é fundamental para nós recebermos informações sobre possíveis ligações clandestinas. Por isso, pedimos ao blog que entre em contato com a fonte das informações para que possamos tomar as medidas necessárias. A denúncia pode ser feita anonimamente por meio dos seguintes canais: WhatsApp 77 998219190, 0800284-2004 ou pelo e-mail: [email protected]. Queremos enfatizar que desconhecemos qualquer situação de ligações clandestinas que estejam irrigando plantações ou enchendo caixas de 30 e 50 mil litros. Precisamos dessas informações para agir adequadamente. Assim, se alguém preferir manter o anonimato, pedimos que denuncie imediatamente. Estamos aqui para resolver e melhorar continuamente nossos serviços em benefício da comunidade de Macaúbas.”

 Vazamento de água – canos estourados com frequência:

 02: Questionamento do blog: Quanto ao desperdício de água causado por canos quebrados, vazamentos e imperfeições outras no sistema de distribuição. É comum e corriqueiro ver “estouros” de canos pela cidade. Há pontos críticos que sempre há “estouros” de canos, levando em conta que o sistema é velho e muitos destes canos precisam ser substituídos com urgência. Num caso em particular, a própria redação do Blog, contou num pequeno trecho de aproximadamente 5km, 09 (nove) pontos de vazamento de água. Refiro-me trecho da estrada vicinal que dar acesso ao povoado do Pé do Morro, onde contato foi mantido com o SAAE para que fosse resolver os pontos de “vazamento” – alguns foram resolvidos, mas continua a insistência de vários outros pontos vazando água constantemente, justamente numa região onde a queixa de falta d’agua é comum entre os moradores, inclusive até queixas no Ministério Público há. Diante do exposto, o que o SAAE tem feito para realizar a troca de dutos que servem esta e outras comunidades que passam pelo mesmo problema?

Resposta do SAAE:

“Quanto as ações tomadas pelo SAAE, ante os vazamentos e quebra de tubulação, no que se refere a zona rural, cumpre esclarecer que o fluxo de veículos nas vias rurais do município, é considerável, com o trânsito de caminhões, veículos de médio porte e motos, o que ocasiona um desgaste na conservação dessas vias, além de que, quando do período de chuvas, estas ocorrem de forma intensa e em grande volume; o que também corrobora na deterioração natural das citadas vias. Mas, há de ressaltar que, o SAAE, em ação conjunta com o Poder Público Municipal, sempre procura recuperar ditas vias; no caso de SAAE com a troca da rede, onde se encontram desgastadas. Lembrando ainda que, naqueles pontos onde o solo, pela sua constituição, expõe de forma mais intensa as tubulações de água, quando destas ações de manutenção das vias, procura intensificar a profundidade de tais canalizações, dentro do que é possível. Sendo crucial compreender que os vazamentos não são causados por omissão desta autarquia, em suas atividades operacionais, mas sim por eventos e motivos alheios à vontade destes administradores. É importante ressaltar que o SAAE de Macaúbas regularmente substitui a tubulação das redes para melhorar o abastecimento. Geralmente, optamos por redes mais resistentes e mais grossas, priorizando as áreas onde o abastecimento apresenta situações mais críticas. Já na cidade, os vazamentos e rupturas na rede ocorrem principalmente devido à pressão existente, pois o abastecimento é intermitente. Devido ao relevo da cidade, à disponibilidade de água e à frequente manipulação das válvulas (abertura e fechamento), as tubulações sofrem com esvaziamentos frequentes, o que torna praticamente impossível eliminar completamente as quebras nas adutoras, mesmo com a troca de todas as tubulações. Dessa maneira, a melhor forma de prevenir as quebras devido à pressão na rede seria trabalhar com uma quantidade maior de água, o que, infelizmente, não é uma disponibilidade atual. Isso ajudaria a evitar o esvaziamento constante da rede e manter uma pressão estável, reduzindo não só as quebras recorrentes, mas também eliminando boa parte dos vazamentos.

 ÁGUAS DO SISTEMA ZABUMBÃO!

Questionamento do blog: Quanto a oferta de água que deverá chegar em Macaúbas pelo “Sistema Zabumbão” – quantos metros cúbicos de água serão ofertados para Macaúbas e o que isso representa percentualmente nas águas hoje distribuídas pelo SAAE? E quando está prevista a distribuição das águas do Zabumbão em Macaúbas?

Resposta do SAAE:

“Sobre os questionamentos relacionados à Barragem do Zabumbão, é importante esclarecer que a responsabilidade pela realização da obra é do Governo Estadual. Até o momento, não recebemos oficialmente nenhuma informação que nos permita responder às questões levantadas por este blog. Portanto, não somos a entidade apropriada para responder a esse questionamento específico. O SAAE de Macaúbas agradece o espaço concedido pelo blog e reforça nossa disponibilidade para fornecer quaisquer esclarecimentos que possam ser necessários. Estamos à disposição para colaborar no que for possível.”

 


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