Início da Primavera ainda na década do golpe militar brasileiro, o ano era 1972, onde em Salvador foi criado o Centro dos Estudantes Universitários e Secundaristas de Macaúbas: CEUSMA, dando assim oportunidade a centenas de macaubenses a realizar o sonho universitário, viabilizando assim, a formação de profissionais como engenheiros, professores, médicos… Em retribuição, anualmente era realizada na sede deste “burgo” a Semana da Comunidade, evento desportivo, cultural e recreativo que mobilizava toda cidade… Com o tempo, a semana foi se “encurtando”, falta de incentivos e a “era dos virtuais” foram “desvirtuando” o evento que era mais que uma “integração” social…
O CEUSMA teve sempre uma cooperação do Passo Municipal, nos custos primários até a disponibilidade do prédio, o qual, um deste no bairro Tororó, adquirido pela administração do saudoso João Sales, entrou em colapso estrutural, foi abandonado a própria sorte até ser “invadido” por posseiros soteropolitanos, e hoje lá se encontra servido de garagem, uma ação judicial movida pela Prefeitura, tentava sua reintegração ao patrimônio do município, passou pelos governos de Amélio Costa Jr, José João Pereira e neste atual não se tem informações…
A “Primavera Ceusmiana” nem tudo foi flores:
E neste capítulo não se permite ignorar a figura do Prof. Ático Mota, que é um questionador nato, o qual, linguista que é, sempre se referia ao CEUSMA, dizendo que ele que se tratava de uma sigla, assim sendo, todas as letras desta, tinha que ter seu peso gramatical original, e na sua autoridade inquestionável, fazia questão de colocar um “tônico” no U, passado a ser Ú (sua pronúncia)… E, Ceusma, na verdade no seu “neologismo” era: “CEÚSMA”… Dito isso, os desafios do CEUSMA, desde sua criação não era tão simples assim! Dos seus residentes a ter privações alimentares, muitos “subnutridos”, estes não de fé e de sonhos, mas de perspectiva do “almoço” de amanhã, já que a janta era sabido que um pão seco seria a salvação, assim, relata um “ex ceusmiano”! Passando pelo seu meio século de existência, o CEUSMA é hoje uma “referência” que a cada dia cai no esquecimento, tanto é que seu próprio aniversário e tua angustia são ignorados por muitos dos teus!