Blog do Alécio Brandão

R$ 182 milhões: estimativa orçamentária de Macaúbas, reserva R$ 0,00 para industria e 1,8 mi pra agricultura!

Os exatos R$ 182.114.726,92, sendo o maior orçamento da história do município de Macaúbas, o qual tem uma população 50.161 habitantes, conforme estimativas do IBGE…

É sabido que tem-se como parâmetro de uma sociedade desenvolvida aquela que investe na industrialização e/ou tecnologia (antecedendo a estes pesados investimentos em educação) , nesta primeira, a previsão orçamentária para este importante setor, que é a indústria,  que deveria ser incentivado, não teve se quer um centavo de previsão orçamentária para o ano fiscal de 2023. Na outra ponta, as despeças com pessoal e encargos sociais, está estimada em pouco mais de R$ 84 milhões, ou seja, a folha de pagamento ainda é a grande vilã numa administração pública populista, onde o Ente Público parece ser o único gerador de empregos diretos, o que é um contrassenso, visto que este deveria ser o incentivador e não o gerador primário!

A gestão pública moderna como qualquer outra prima as prioridades, estas estão em setores que dão melhor retorno, no caso da pública, a maioria dos gestores priorizam o assistencialismo porque seu foco é o voto e não o desenvolvimento social.

Veja abaixo o quadro geral das despesas por função, segundo o Projeto de Lei 191 que dispõe sobre o Orçamento de 2023, que foi dado entrada nesta quinta feira, 08 na Câmara Municipal.

Com pouco mais de R$ 75 milhões, a Secretaria de Educação é quem tem a maior fatia do bolo, o que nos mostra que dinheiro não é o problema para a educação, no entanto, a folha de pagamento da educação é a grande vilã nos investimentos. E investir em educação não é apenas a construção ou reforma de prédios escolares, e sim em qualidade da mão de obra: O Mestre! E isso, é o maior gargalo em qualquer processo de ensino-aprendizagem!

Já outro setor de grande importância que é a agricultura, ficou com investimento médio de 1% sobre o “bojo orçamentário”, uma contradição, visto que o município tem cerca de 70% de sua população rural e com mais de 15 mil aposentados rurais, que é a mior fonte de dinheiro circulante do município, ou seja, prioridade é uma questão de “lógica” e isso, é o que nos falta quando o assunto é gestão pública coerente com a nossa realidade.

Outro gargalo que temos é a falta de projetos por parte de nossas Secretarias Municipais, bem como um Legislativo que possa debruçar sobre as 109 folhas que compõem este importante instrumento e levar o debate ao seio da sociedade… Por outro lado, esta se mostra apática a estes assuntos como todos os demais de interesse público. O que nos leva a concluir que estamos no “mato sem gato”!

O blog não consegui manter contato com a administrção pública local nem com suas secretarias, no entanto, espaço fica aberto para interessados, através do e-mail do blog: [email protected]

 


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