Na manhã desta segunda feira, 12 – foi realizada em Macaúbas no espaço de eventos Itahy, a apresentação do Projeto Público Privado para implantação na Bacia do Paramirim da Usina Tecnológica que transforma lixo em energia limpa, utilizando uma tecnologia 100% brasileira desenvolvida pela Solum Ambiental, empresa do Grupo Vitae Brasil, que desenvolveu o Vorax, que faz exatamente o que você acaba de ler: desintegra praticamente qualquer tipo de resíduo sólido, transformando-o quase inteiramente em eletricidade, e o restante vira calor desprovido de poluição e pequenos sólidos inertes.
O projeto também está em estudo na cidade de Jequié bem como em outras cidades do Brasil em estado bem mais avançado, o empresário Arlen J. Santos, é um dos responsáveis pelo intercâmbio entre a empresa e os municípios do Vale do Paramirim. Inicialmente a proposta foi apresentada ao Prefeito de Macaúbas, Sr. Aloisio Rebonato, que ficou empolgado ao conhecer a proposta desta nova tecnologia, e em seguida foi repassada para os municípios que integram o Território, dando assim, o primeiro passo para aprofundar o projeto, estudo e as viabilidades técnicas/econômicas e sócio/ambiental do projeto que está patenteado em mais de 40 países do mundo.
Marcaram presença no evento diversos prefeitos e/ou representantes da Bacia do Paramirim, secretários municipais, vereadores, professores, empresários, políticos e o publico em geral. O presidente da Câmara de Vereadores de Macaúbas, Carlinhos de Antero, que declarou que o Legislativo Municipal está pronto para aprovar todo e qualquer projeto que venha trazer desenvolvimento par Macaúbas e região. Disse da importância do saneamento básico como alavanca de desenvolvimento e geração de emprego para os macaubenses.
Apesar de ter aplicação de alta tecnologia, a Vorax, na verdade é uma câmara metálica que recebe lixo para processamento. Indo mais a fundo, o equipamento da Solum Ambiental é um sistema que engloba um reator, um software especial para controle da operação, um conjunto de tochas de plasma para gerar calor, e um circuito de resfriamento de gás que transforma o calor em energia elétrica 100% limpa, com o mínimo de resíduo, estes que mais parecem “pedras de vidro”, as quais foram apresentadas ao público no evento na manhã de hoje.
O presidente (CEO) da empresa do Brasil o Sr. Reginaldo Estrela, ao lado do Sr. Bruno Amiky Técnico da empresa Vorax apresentou alguns termos que podem fazer parte de um futuro contrato, bem como as vantagens que o município possam ter com o fechamento da parceria que depende mais do município que da própria empresa que está disposta a investir cerca de meio bilhão de Reais no projeto. Bastando o município ceder a título de “concessão de uso” uma área para construção da usina, bem como alguns incentivos fiscais como ISS (neste caso redução de tarifa em até 75%) entre outros incentivos que não devem onerar os cofres públicos. Em contrapartida a empresa resolve 100% o problema do lixão, Macaúbas ficará livre as “fumaças tóxicas”, do mal cheiro e de quebra irá gerar novos empregos e renda para sua população, além disso, há possiblidade de convênio com a criação de um Fundo Operado pela empresa e pelo município, que representa cerca de 5% sobre o faturamento do negócio, bem como ter participação na venda dos “créditos de carbono”
Veja agora como funciona o Sistema Vorax:
O gás então é conduzido por um circuito de resfriamento para exaustão, não sem antes ter seu calor utilizado para movimentar uma turbina que se conecta a um gerador elétrico (a Solum usa gerador da WEG). O gerador conecta a eletricidade gerada a uma subestação, e o gás resfriado sai a 850 graus (temperatura necessária para evitar a emissão de furanos e dioxinas, que são tóxicos). Necessário dizer que o gás é filtrado cinco vezes com cinco filtros diferentes antes da exaustão.
O lixo metálico precisaria de uma temperatura muito maior para entrar no estado gasoso, de forma que a Solum prefere deixá-lo em estado líquido para posterior condensação em sólido. O resto sólido do lixo metálico são pequenas formações pétreas similares a cerâmica, em que a ocorrência de metais pesados, como chumbo ou mercúrio, é tornada inerte pela própria ação química natural (moléculas leves encapsulam as moléculas pesadas, quando reagidas em conjunto).
O lixo é despejado na câmara interna, que irá desintegrá-lo a uma temperatura de 1.600 graus. Para atingir essa temperatura, são usadas tochas de plasma. As tochas geram calor a partir da energia elétrica externa. A pirólise do lixo começa e atinge a temperatura em que ele se desintegra e entra no estado gasoso. Caso haja elementos de metal no lixo processado, os 1.600 graus os levarão ao estado líquido. (Fonte: rib.ind.br)
(Imagens cedidas Osvaldo Oliveira)