Este é o “Cristo do Alto da Pindoba”…
Hoje, 03/03/2012.
Já este é o Cristo do Morro da Coruja…
O Primeiro, o dos “excluídos”, vestido de farrapos, pernas finas, joelhos grandes, cabecinha redonda, de braços abertos: a espera… Figura típica e original…
O segundo, o dos “incluídos”, um sobre-tudo cobre suas chagas, robusto, elegante, de braços abertos, também a espera… Uma representação, símbolo…
Contrastes?
Não, normal… Na verdade tudo é um ponto de vista… O protesto é para colocar na via recentemente concluída lombadas para reduzir a velocidade, há quem seja contra as lombadas, “bastaria uma placa: velocidade máxima 30km/h”… Também um ponto de vista, entretanto, longe de nossa cultura…
As obras e os custos:
Três ou quatro lombadas: +/- R$ 3.000;00?… E os benefícios: poderia salvar vidas?
O Cristo e sua subida: R$ 100, 200, ou 300 mil Reais?… E os benefícios: poderia atrair turismo?
Quem sente a dor – que dê o seu GRITO…
Segundo informações de morador do lugar, funcionário público acompanhado de força policial foi até o local no fim de tarde do dia 29, solicitaram a retirada das pedras e troncos de madeira na promessa de no outro dia iniciar a colocação de lombadas. A promessa na foi cumprida e revoltados, “envenenados” e se considerando “desprestigiados”, os moradores fizeram no início da noite de sexta, 02, novo protesto, recolocando as pedras, troncos e com a presença de um “mascote” o que eles apelidaram o “Cristo da Pindoba”…
Além de termos o caminho para o Cristo, agora há o caminho das pedras…
Elas estão cada vez maiores… Estão “crescendo”?
E o caminho de volta é longo!…
Fato como este não é bom em ano eleitoral, as ações para conter certos descontentamento da população sobre um “problema” ou “solicitação” aparentemente simples, como COLOCAR UMA OU DUAS LOMBADAS numa via pública que se tornou de ALTA VELOCIDADE com sua pavimentação, SE TRANSFORMA em brigas, desentendimento, “quebra de braço” entre moradores e Administração Pública… A capacidade de resolver conflitos e “administrar crises” é mais que tudo fazer Política! E é justamente que não é visto: diálogo e sim, política! Contrações à parte: somos humanos ou cobras? Pau ou pedra?
Que país é este?
Aquele que dá as costas para os mais necessitados?
Aqueles que pedem migalhas?
O pedido:
“Precisamos da lombada com urgência”…
Enquanto isso, lá embaixo há talvez quem peça:
– Quero a minha “gordurinha”…
– Exijo aquele emprego “fantástico” que fez parte do nosso “acordo”…
(Quero, exijo… E não “precisamos“)
Isso é uma PINDOBA…
Este é um caminho “de pedras”…
Ou das cobras?…
