Imagem da tarde de 02 de setembro de 2012… Tudo cinza… Rapidamente a cidade perde seu cinturão verde, sua proteção…
O nível e o ritmo de desmatamento nas encostas e em torno da cidade é assustador, ver-se construção de casas no meio do nada, onde não vai água nem luz elétrica, as populações mais carentes procuram terrenos isolados, longe e em área de difícil acesso fugindo dos absurdos “preços” das posses em lugares mais “regulares”… O crescente e desorganizado “mercado imobiliário” de Macaúbas vem causando um enorme impacto sócio-econômico na cidade e um destes impacto é o “fantasioso” preço por metro quadrado destes imóveis!… Em Macaúbas a “terra do faz de conta” existe e seu preço é exorbitante… Resta-nos subir o morro com a complacência do Poder Público e seu Plano Diretor “sem direção”… Veja os fatos através das imagens!…
Um dia estaremos lá…
E o concreto cresce a ritmo assustador e desordenado, toda a mata em torno da cidade está sendo destruída…
Estes novos loteamentos, muitos deles não oferecem o mínimo de urbanização e aparentemente não respeitam as Leis de Ocupação e Uso do Solo… O desmatamento em muitos casos pode ser evitado ou para sua compensação deveria órgão competente exigir a reposição destas árvores nas ruas que estão sendo abertas…
Alto da Santa Cruz, fundo do Hospital… A situação aqui é tão grave que não há como negar que deixou de ser um principio de favelização!…
Temos em nossos morros e encostas a realidade que há poucos anos só se via nos grandes centros, casas minusculas construídas ou sendo equilibradas sobre enormes pedras… Não há sistema de rede de esgoto e o serviço de água é precário e desordenado…
Os canos não podem ser “enterrados” sobre as rochas…
Isso facilita a clandestinidade… Mas o maior “furto” é o direito
de uma digna moradia!
Este é o caminho do sofrimento diário para crianças, adultos e idosos
que têm que subir o morro…
…Sobre pedras soltas, terra e lixo… Aqui só escadarias e um projeto de contenção de encostas para amenizar a situação… Mas o ideal é a remoção destas famílias, tirando-as desta área de risco… Segundo moradora quando chove é um verdadeiro tormento, o tráfego de pessoas fica praticamente impossível…
Parte do local tem escadas as quias já estão precisando de reforma…
Uma rampa para as águas das chuvas foi construída para amenizara a situação… Mas o volume de água é muito grande, comenta o morador do lugar…. “Não dá conta e de lá de cima tudo desce”!…
Esta é uma casa que fica no fim da escadaria no meio do morro…
Nota-se que na sua “fachada” não foi possível nem abrir uma janela… Sua largura na verdade não passa de dois metros, é um corredor… Não se sabe se trada de “invasão” ou é “aproveitamento” de terreno ou de um quintal de parente…
Enquanto isso 60 casas do Programa Minha Casa Minha Vida estão paralisadas haámais de seis meses…
O que seria uma rua parece na verdade uma estrada de uma serra na Zona Rural…
Esta é a última rua do morro, sem calçamento, a terra branca e solta é levada facilmente com um mínimo de chuva, segundo informações estas terras invadem as casas e a lama é um trauma nestas épocas de chuva… Assim como a poeira na estiagem… As crianças são as maiores vitimas…
… E o Sol que se esconde atrás do morro… Lá os moradores são os últimos a vê-lo se pôr e também são os primeiros a vê-lo nascer…
… E Assim eles recebem mais Luz nesta terra cinzenta e esquecida… Estão “aos pés” do Cruzeiro da Liberdade e o Cristo do lado oposto fica apenas à vista…
… E aos pés do Cristo um outro morro – só que a ralidade do outro lado é outra…
… E o contraste entre a Cruz e o Cristo é milenar…
… E por ser milenar, seria o motivo primeiro para o abandono?