* Por Irlando Oliveira
O que temos acompanhado através da mídia, sob várias formas, aliado àquilo que também temos lido, acerca da tão falada e discutida ideologia de gênero, tem nos causado algumas inquietações, pois percebemos que a referida temática tem sido conduzida no Brasil da atualidade de uma forma equivocada e, acima de tudo, imposta.
Diante disso, chegamos à conclusão de que estamos vivendo no país dos paradoxos e dos contrassensos, no qual a liberdade de expressão e a ausência de censura – princípios constitucionais que compõem a “democracia brasileira” -, atingem seus momentos apoteóticos. Se por um lado vemos o excessivo cuidado com os postulados exarados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por outro acompanhamos o sistemático e frequente desmanche destes, se nos apresentando como verdadeiro afronta à justiça, na nação em que impera a impunidade.
Cenas de nudismo, protagonizadas por adultos “artistas”, envolvem crianças – com a anuência dos pais -, estas contracenando com total inocência, completamente alheias àquilo que estão fazendo ou que lhes impuseram fazer, infringindo, todos eles, os mecanismos de proteção do ECA, destinados a uma “clientela” assaz vulnerável e frágil, cuja personalidade e cujo caráter estão em pleno processo de formatação. Tais cenas chegam, em determinados momentos, a nos dar mostras de episódios de pedofilia, como se fosse algo muito natural e aceito pela sociedade brasileira!
Temos visto propagandas de determinados produtos comerciais, sobretudo na mídia televisiva dos canais abertos, cujo “pano de fundo” apresenta cenas explícitas de ideologia de gênero, induzindo os “incautos” à prática daquilo que estão assistindo, como se também fosse algo muito natural e normal, tendo, tais propagandas, concorrido, de forma subliminar, para encharcar e atingir o inconsciente dos telespectadores, cuja maioria não se dá conta!
Exposições de “arte”, muitas das quais patrocinadas com recursos públicos, apresentando o que há de mais degradante e abjeto, com cenas de zoofilia, inclusive, talvez não encontradas sequer no imaginário do inferno descrito por Dante Alighieri, em “A Divina Comédia”, concorrendo para o aviltamento da criatura humana e a desconstrução da sua fé religiosa, têm contribuído para desmoralizar, ainda mais, os cidadãos, enaltecendo a filosofia de vida hedonista, em detrimento dos reais anseios de evolução espiritual de todos nós!
São, na verdade, esses promotores de tais eventos, pessoas portadoras de mentes desequilibradas, apoiadas por outras de igual jaez, que desejam conspurcar os princípios éticos e morais que devem permear as relações humanas. Intentam, por outro lado, fazer ruir a família – célula mater da sociedade -, a fim de concretizarem seus planos perversos, na tentativa vã de fazer valer seus gostos e vontades, passando uma ideia errônea às pessoas, atribuindo um comportamento destoante como se fosse o modelo a ser seguido!
No Brasil da atualidade, se não nos acautelarmos, munidos da perspicácia necessária para separarmos “o joio do trigo”, certamente cairemos nas armadilhas soezes de inúmeras mentes insanas, as quais desejam ardentemente influenciar as pessoas, alterando seus hábitos e costumes, conturbando, ainda mais, o panorama social!
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* Irlando Lino Magalhães Oliveira é Oficial da Polícia Militar da Bahia, no posto de Tenente-Coronel do QOPM, atual Comandante do 14º BPM/Santo Antônio de Jesus, e Especialista em Gestão da Segurança Pública e Direitos Humanos.