É crescente os casos de estupro por todo País e não necessariamente as campanhas anti estupro ou divulgação destes fatos têm o mesmo ritmo pois, para muitas vitimas falar sobre isso, ou até mesmo denunciar estas agressões, ainda há resistência, medo e até vergonha. Talvez por falta de uma Política de Estado principalmente do interior do Brasil onde os casos são maioria e ficam no silêncio, no anonimato… Em Macaúbas há alguns anos foi implantado o projeto Viva Mulher, idealizado pela ativista e psicologa Natália Dias, que além de fazer palestras sobre o tema, documentários trava nas redes sociais a árdua campanha de conscientização sobre a violência de gênero: feminino, masculino e todos os demais que você queira se enquadrar…
… Mas um grande passo foi dado em nossa comunidade, que apesar de pacata e muita religiosa há grande incidência de casos destes… Acaba de ser implantado no município o Conselho Municipal dos Direito da Mulher bem como um Fundo Especial para fomenta-lo… Mais um canal de apoio e de combate a estas práticas de violência de gênero e em especial as agressões, sejam elas quaisquer principalmente contra a mulher… É importante a integração de toda sociedade neste Conselho, seja participando dele ou de seus encontros e tomadas de decisões e ações.
Veja texto extraído da pagina do Movimento Viva Mulher, mantido pela ativista Natália Dias, na internet.
“É desolador ler a palavra “estupro” todos os dias entre as principais notícias. É agressivo demais. Tenho certeza de que é assim para muitas mulheres. Faz-nos lembrar todos os dias da nossa vulnerabilidade. O que fazer? Tapar bocas, olhos e ouvidos? Não noticiar? Não! É preciso abrir os olhos para ver além da notícia. É preciso falar mais. É preciso que nos escutem mais. Quando nós feministas fomentamos debates para que homens (e também mulheres) revisem seu machismo, quando a gente perturba o comodismo de gênero que acha que é ok abordar mulheres desse ou daquele jeito, o que a gente está fazendo é tentar desestabilizar esse mundo machista. Sim! Desestabilizar um mundo de violência-tradicionalmente-legitimada. A gente quer mostrar de que forma é possível contribuir para esse olhar, sem esperar a coisa chegar a um episódio como esse. Isso não é produzido do nada, esses caras não agem por um fenômeno da natureza, por seguir um instinto doentio, trata-se de um processo discreto porque a questão da mulher conta com a invisibilidade histórica. É por isso que a gente está aqui pra denunciar episódios de machismo que acontecem na vida privada e também na pública, pra que agressores, abusadores e estupradores não se escondam mais sob o argumento do “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, ou do argumento bolsonariano do “não te estupro porque você é feia”. Eles são nuances da mesma cultura do estupro, da mesma certeza de que a mulher está aí para ser violada de alguma forma. Não seja isso, não participe disso, desestabilize seu machismo. “