Blog do Alécio Brandão

Fala Cidadão: macaubense radicado em Salvador demostra preocupação com exploração mineral do Quebra.

Lagedão do Quebra - Imagem cedida

“O meio ambiente é um bem jurídico difuso, de uso comum de todos e tutelado pela constituição de 1988. Portanto, sua preservação é obrigação de todos, desde daqueles que vivem no campo como no meio urbano.

A política de defesa e preservação do meio ambiente é relativamente nova, por isso o debate desse tema torna-se relevante para a difusão e conscientização da sociedade sobre a importância do meio ambiente ecologicamente equilibrado para a preservação do planeta e de todos os seres que vivem nele.

Lajedão do Quebra (imagem cedida)
Lajedão do Quebra (imagem cedida)

Infelizmente, grande parte da sociedade não tem consciência da necessidade da preservação ambiental, explorando irracionalmente os recursos naturais e desencadeando uma serie de eventos negativos, em que se coloca a sobrevivência de todas as espécies em risco. Esse sentimento é mais frustrante, para não dizer revoltante, quando se percebe que o poder público, em determinadas situações, não exerce o poder discricionário de tomar decisões com o olhar social.

Cabe à sociedade organizada, e vigilante, cobrar do poder público: o firme propósito de proteção primordial dos bens de utilidade pública; exigir análise racional dos atos administrativos que possam configurar danos ao meio ambiente, e contraditar os argumentos equivocados de que todo desenvolvimento econômico se traduz em desenvolvimento social, quando na realidade um não é sinônimo do outro.

No que diz respeito ao “Lajedo”, a comunidade do Quebra está de parabéns pela proatividade na defesa daquele ambiente natural de relevante importância para toda comunidade, não apenas pelo contexto histórico-cultural, mas, sobretudo, por se tratar de um nicho ecológico ali existente.

A intenção de instalar, nesse local, empreendimento para extração de “pedras” deve ser manifestamente repreendida, não só pelo fato de tratar-se de área de interesse difuso, mas, também, contribuir simbolicamente com a conscientização de que a necessidade de defesa e preservação de áreas ambientais deva ser um valor premente, em que se cria condições reais para a vida equilibrada e saudável, como colaborar na reeducação e entendimento de que ações conjuntas no uso racional dos recursos naturais, retornam como bem para cada um individualmente.

Salienta-se ainda que a área em questão foi cercada recentemente, o que causa estranheza e perplexidade à comunidade, sem entender como uma área de uso coletivo, localizada em terras devolutas, possa ser apropriada ao interesse particular. Diante de tais circunstancias, a comunidade irá solicitar a interveniência dos órgãos públicos competentes, no sentido de que seja retirado o cercamento e área possa ser reintegrada ao domínio público.”

Sobre o autor da nota:

Natural do município de Macaúbas, estudei no colégio Aloysio Short no período de 72 a 78, moro em Salvador desde 79, trabalho na Eletrobrás/Chesf, bacharel em ciências contábeis e graduando em Direito pela Universidade Catolica do Salvador.
Em 21 de outubro de 2015 23:32, JMiguel Magalhães <[email protected] 

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