Blog do Alécio Brandão

O Oiti, a Matriz e talvez o Ipê: … E as praças de todas as Matrizes de Macaúbas!

Vista parcial da Praça Imaculada Conceição em Macaúbas… (Foto João Fontoura)

A imagem, capturada no meio da noite da última quarta feira, 28 de julho de 2017, exatamente às 22h55min… Pelas lentes do macaubense radicado em Salvador, João Fontoura – sempre que retorna a Macaúbas se “mistura” com a natureza do lugar, seu prisma mostra uma Macaúbas pouca notada, neste caso, ao “frio” de uma deserta habitada Praça que circula sua Matriz, não se sabe se “evoluiu” com tantas intervenções, tirando-lhe a originalidade, como ilustra o artista plastico autodidata Junior Cambuí com seus pinceis mágicos sobre tela e óleo – certo que ao seu olhar, de um tempo que não volta mais…

Mas a sensibilidade da foto não está apenas na percepção do seu autor pois, é certo que, cada observador irá perceber um tom de cor,  uma ausência dela mas, para os “daltônicos” da Fé, dos “carentes” da nostalgia, talvez por não ter vivido o suficiente para portá-la… E tomara que não a tenha pois, não se sabe que fachada poderá ter a atual Matriz no próximo século, diante as intervenções, muitas sem propósito, ou propositalmente com o desejo de mudar a “cara” por não ter condições de modificar o “miolo”!… Não, quem sabe o miolo da Fé, mas o meu, o seu, o de todos nós, que adormecidos pelo pouco frio, não percebemos a insônia da quase bicentenária Macaúbas que pede socorro calada!…

Se o foco é o Oiti, perceba também a reverência do talvez pé de Ipê, de tom verde outro, quem sabe ofuscado pelo azul da Matriz, se esguia, saúda, mas não se prostra  diante a imponente matriarca, quem sabe ela (a árvore), não se curvou pelo soprar dos ventos do Leste… Comprovado que a maresia chega aqui na calada da noite!…

A primeira… A Mãe (Tela Junior Cambuí )

Igreja Matriz de Macaúbas em 1840 

– lapis dermatográfico (dermatographic pencil) –

Em comemoração ao 185º aniversário de emancipação política de Macaúbas, vou iniciar hoje (um pouco atrasado, eu sei!) uma série de desenhos sobre um dos pontos centrais da cidade, que é a igreja Matriz. Esta arte retrata aproximadamente como deveria ter sido a igreja no seu primeiro formato, por volta de 1840.” (Fonte Junior Cambuí)


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