Blog do Alécio Brandão

Macaúbas: seu índice de desemprego, perspectivas como base na “retrospectiva”!…

Uma das melhores formas de prever o futuro é olhar para o passado (no entanto, segundo o australiano Peter Drucker, escritor, professor e considerado o pai da administração moderna,A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”… Se assim for, vamos criar o nosso)… Retrospectar para poder melhor prospectar saídas viáveis, configurar no amanhã soluções diferentes das tomadas no passado, já que aquelas pretéritas, não tiveram êxito, visto que a situação atual é no mínimo caótica… Na ótica do cenário local, deixemos o nacional, já que este é o nosso “habitat”!…  

É de se observar pela introdução que a coisa é complexa, mas foi de propósito, tanto é que de propósito temos diversas “industrias” instaladas no Nordeste Brasileiro aqui, no nosso território, melhor falando; vejamos: a industria da seca; a “industria do voto“; a industria do subemprego e do desemprego” e, não é exaustiva a lista, por fim, a “industria de fazer menino, fuxico e a de quebrar pedra”… Esta última a de “quebrar pedra”, na verdade é a de granito, retirado de nosso território, destruindo o Meio Ambiente, deixando-o no “fim”!… Levando “milhões” e deixando o “buraco”!.. Às vezes sob as bençãos das “vantagens indevidas”… Já a antepenúltima que antecede a do “fuxico”, a de “fazer menino”, “contempla” principalmente as famílias de baixa renda, incentivando ai a “industria do voto”, mais “meninos” no futuro pra votar em “nóis”... Em vez disso, porque não o Controle de Natalidade, para alguns Planejamento Familiar… Visto que, conforme dados do Governo, estas famílias na maioria das vezes são compostas de membros acima da média nacional e contidas numa faixa de renda baixíssima!… A típica exploração e PATROCÍNIO da miséria da classe menos favorecida e vulnerável econômica-social e intelectual… 

O relato acima, contextualiza as industrias que promovem o inchaço populacional, aumentando a desigualdade social, econômica e intelectual da massa que só é beneficiada a base do “pão e água”!...

E o desemprego em Macaúbas?

Tomando como base o índice nacional, divulgado há alguns dias, que chegou a casa dos 13,2% da população economicamente ativa, que representou cerca de 13,5 milhões de brasileiros desempregados. Aplicando o mesmo índice à Macaúbas, teremos cerca de 3.400 macaubenses formalmente fora do mercado de trabalho, e este número pode dobrar se considerados os “subempregados”.

O número oficial de desempregados em Macacaúbas é de 3.400 pessoas, como criar postos de trabalho para tanta gente? Macaúbas é um município desconhecido de si mesmo; o Poder Público é “pobre” de dados; não temos um setor específico que nos diga quem somos; onde estamos; o que fazemos; do que vivemos; do que precisamos; o que devemos fazer para crescer;… Somos HISTORICAMENTE um município que está na correnteza, lenta e contínua sem um PLANO, e se há, não é aplicado, se há, não retrata nossa realidade; se há, não é executado pois seria uma CATÁSTROFE!… Tomemos como base os Plano de Governo dos candidatos da última eleição, um tinha oito páginas o outro pouco mais de vinte!… A síntese do resumo, já resumido!… Infelizmente somos assim, contentamos com muito pouco… Quem sabe com as sobra das migalhas! 

E a solução para o EMPREGO?

Inicialmente sugeria pegar um catálogo DeMillus e sair vendendo por ai… No entanto, voltaríamos a época do “escambo” (troca de produtos e/ou serviços)… Mas o nosso maior gargalo é saber QUEM SOMOS, para onde queremos IR… Macaúbas é o município do DESPERDÍCIO, de recursos humanos, intelectual, cultural, de PRODUTOS e recursos NATURAIS. E só ver isso quem vem de fora ou está fora do “circulo” ou do “circo”!… Nossos administradores, políticos, sabem, vêem, e é por isso, que foram eleitos, pois TÊM, teoricamente uma VISÃO maior, mas talvez nunca MELHOR!… 

É sabido que para fazer a Festa do Pequi, foi trazido parte do fruto de Goiás, é sabido que anos foi feita a Festa do Peixe do Açude, sem ter peixe na lagoa, é sabido que foi feito o Cristo sem ter um Calendário ou Política Publica de incentivo ao Turismo Religioso... Isso são apenas pequenos e pontuais exemplos de “visão de ameba” que temos… Vejamos uma lista, não exaustiva de iniciativas que certamente são vistas como inviáveis por muitos de nós, pelos políticos e administração:

01- Aumento de Taxação fiscal, ambiental, comercial sob a retirada de minérios do nosso território, além de EXIGIR na prática compensação ambiental (coisa que só existe no papel);

02- Cerca de 80% dos estabelecimentos comerciais não têm alvarás, isso gera renda e dá ao Poder Público recursos e divisas para investir em programa de incentivo de Geração de Emprego e Renda… Além de práticas de controle administrativo interno e externo.

03- Incentivar a criação de pequenas Cooperativas de Coletores de Frutos Nativos, os quais serão beneficiados e comercializados, a exemplo do Umbu, que sai do município caminhões para Feira de Santana e outras toneladas são perdidas, apodrecendo (e as vezes até alimentando o gado, que é uma saída);

04- Criar políticas públicas para incentivo ao Turismo Religioso, visto que o “Cristo” se transformou num “elefante branco”, o qual teve investimentos próximo a meio milhão de Reais…

05- Criar fontes e reservas de água para dar segurança ao consumo humano, animal, para a agricultura e ainda incentivar a instalação de industrias… Este deveria está no topo da lista: ÁGUA, se não observado este item, Macaúbas, que já passa por uma CRISE HÍDRICA, a qual é disfarçada pelas autoridades, terá GRANDES PROBLEMAS a médio prazo!… INDUSTRIA, seja ela de pequeno ou médio porte só se instalam num território se EXISTIR ÁGUA. O exemplo recente é a pedreira instalada no povoado do Peixe. Ser um produtor de ÁGUA, é o principal desafio de Macaúbas para gerar EMPREGO E RENDA. 

06- Disciplinar a INDUSTRIA DOS LOTEAMENTOS, os quais muitos destes CLANDESTINOS, estes, estão IMOBILIZANDO os recursos financeiros, criando num município POBRE a especulação imobiliária que só é vista e talvez aceita em lugares RICOS… A “mafia” por trás de boa parte dos loteamentos de Macaúbas, fragiliza sua economia, “congela” investimentos, é um CÂNCER, uma fonte geradora de “vantagens indevidas”, de destruição do Meio Ambiente, do crescimento DESORDENADO, da crescente falta de estrutura… E o governo local FECHA os olhos para este GRANDE PROBLEMA, um fator de evasão de renda e divisas do município…

07- Colocar na CABEÇA DO POLÍTICO e do POVO, que Prefeitura não é para dar emprego, e SIM, para gerar o emprego, dar condições para que a iniciativa PRIVADA possa gerar vagas… Dando o Governo, condições favoráveis para isso, com investimento em infraestrutura, políticas fiscais justas, incentivos justos e viáveis, transparência e honestidade na gestão dos recursos públicos… E para o município criar estas condições ele têm que ter CAPACIDADE DE ARRECADAÇÃO, e o que mais falta em Macaúbas é isso, ca-pa-ci-da-de (diferente de competência), pois a POLITICAGEM (o voto), desmonta qualquer iniciativa séria.

08- Depois de resolvido os problemas estruturais internos, é hora de “VENDER MACAÚBAS”, para o mercado externo – não vender o VOTO, mas sim, a capacidade produtiva do município, em materiais acabados,  subfaturados, o material intelectual, cultural, natural e sustentável… Como dizia o Prof. Ático, tirar Macaúbas do anonimato. Uma missão de marketing mercadológico, certamente um termo desconhecido por parte do grande público, impensável para um político eleito e semi alfabetizado!… No entanto, fica a dica.

09– Investimento pesado em EDUCAÇÃO, este poderia também configurar na lista como prioridade, e é… Educação, deve ser a LOCOMOTIVA de qualquer governo INTELIGENTE, sensível e razoável. Regiões (países) com maior nível de educação, formação acadêmica e intelectual, NÃO PASSAM POR CRISE de desemprego.  Ficou por último de propósito! 

(…)

A retrospectiva:

Desde 1970, há 47 anos ou seja, há quase meio século, o município de Macaúbas teve apenas 05 prefeitos, visto que apenas um ficou quase 50% no poder… São quase ai duas gerações (50 anos)… Macaúbas é um município homogêneo, votamos naqueles que parecem conosco, quando elegemos um político semi alfabetizado, é porque reconhecemos neste a nossa igualdade… Ou seja, o que esperar dos próximos 50 anos? 

________________________________________________________________________

Alécio Brandão, em formação para Administração Pública – Macaúbas, 02 de abril de 2017… Um dia após o dia da mentira, no entanto, jamais do “Pós Verdade” 


error: Conteúdo Protegido !!