Blog do Alécio Brandão

Fala Cidadã: “Qual o afeto que te move?”

Um “contra ponto”!… A favor da razão pois, o “afeto” descontrolado não é razoavelmente inteligente e ironicamente: sem as trevas, não há Luz!… Sem o medo,  não há Coragem!… Sem a dor, não há Alívio!… Sem ódio… Sem o Amor… No entanto, se não existisse o diabo, existiria Deus?…

Interessante posicionamento de Natália Dias, em seus questionamentos da razão, do coração…

Mas, qual é mesmo o “afeto que te paralisa?”

…Sem perder o foco…

 * Por Natália Dias.

“Acordei pensando no que nos mobiliza a votar em um ou outro candidato.
Nessas eleições está claro que a questão não tem sido racional, é mobilização de afetos. Mobiliza-se o medo e o ódio, ambas forças poderosas e difíceis de demover.
Por isso pouco funciona a argumentação, a apresentação ou a recomendação pela procura por provas que ajudem as pessoas a se esclarecem dos fatos. 
É muito parecido com o amor bandido.
Não adianta esfregar na cara da pessoa que seu interesse romântico não presta. Contra afetos não há argumentos.
Até agora, no meu ciclo de conhecidos, não vi ninguém declarar que desistiu de votar em Jair Bolsonaro em razão do seu plano de governo ou algo do tipo (o que já é um grande motivo), mas já ouvi algumas pessoas declarando que desistiram quando se colocaram no lugar de quem se sente ameaçado de perder seus direitos, por verem alguém muito próximo ser violentado/a por defesa de ideias contrárias às dele e até por terem ouvido atentamente as falas desse sujeito e do mal estar que isso provocou. Sempre mobilizando afetos.
Eu voto em Haddad por motivos que vão um pouco além da luta em torno do nosso restinho de democracia e do medo de colocá-la sob ameaça. Voto por ver que ele traz para o debate características inovadoras para a política brasileira, sabendo ouvir, repensando-se publicamente quando necessário e se preocupando em emitir respostas didáticas. É um educador, isso é muito de verdade. Essa abertura ao diálogo não é possível dentro da velha política com essa honestidade, humildade e desarme porque a velha política perpetua a dominação masculina, podendo chegar ao discurso ditador e militarista (como é o de Bolsonaro). Haddad parece mais interessado em cuidar dos laços sociais respeitando as diferenças do que em se autoafirmar como macho no exercício do poder público.
Reflitam: Qual o afeto que te move?”

(Fonte do texto: publicado em sua rede social na internet… Por iniciativa do blog, o qual achou interessante a ampla divulgação do texto, por considerar que sua menagem deveria ser levada ao maior número de pessoas para que possa despertar não o ódio, mas sim, o seu “contra ponto”: o Amor!

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* Natália Dias é psicóloga, ativista social e está como secretária municipal da Secretaria de Ação e Assistência Social de Macaúbas.


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