Blog do Alécio Brandão

Crônica: “Caminho da prosperidade: EDUCAR – PRODUZIR – VENDER”

Vista parcial de Macaúbas (a partir da Capelinha) Imagem reprodução.
Vista parcial de Macaúbas (a partir da Capelinha) Imagem reprodução.

Por Prof. Haroldo Gumes* 

“Segundo informações do Cartório de Registro Civil de Macaúbas, aqui, no município, enquanto nascem quatro pessoas morre uma. Sobram três, portanto. Três em quatro são três mil em quatro mil. Mas, o censo demográfico produzido pelo I.B.G.E. mostra que não há esse crescimento da população. Fiquei apreensivo: sumiram essas pessoas? Não. São os jovens que saem para estudar fora, em Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Brumado, Guanambi, Caetité, porque aqui não há escolas públicas superiores de boa qualidade. Outros tantos saem para trabalhar fora, em São Paulo, Goiás, Mato Grosso e outros lugares mais porque aqui não existe oferta de emprego. Macaúbas sobrevive do dinheiro público.
Já foi dado o ponta-pé inicial para criação, aqui, de um polo da Universidade Federal do Sudoeste da Bahia. O Reitor de lá já esteve aqui em audiência pública. Vitória da Conquista, Brumado, Guanambi, Caetité dispõem de escolas superiores. Macaúbas, não.Por quê? Que se procure dinamizar o processo de criação desse polo aqui.
A economia de Macaúbas é fácil de ser vista claramente, se comparada ao tráfego de veículos. Mão de ida e mão de volta. Macaúbas precisa dos produtos que não tem: feijão, arroz, verduras, legumes, roupas, sapatos e muito mais. Tudo isto vem de fora. Caminhões de fora suprem a feira daqui. Caminhões trazem as mercadorias para os mercados e lojas. Macaúbas só compra. Não vende. Esse dinheiro que vai embora nunca mais volta.
Macaúbas precisa produzir para vender. Temos a cachaça maravilhosa de Canatiba, produzida artesanalmente e vendida barata aqui. Em Abaíra tem a mesma cachaça também. Lá ela é industrializada e vendida para exportação. Em dólares. Uma lição. A apicultura da região de Gameleira e Canto é pequena. Proceda–se um sistema de irrigação com plantação de flores para alimentar as abelhas, aumentar a produção e industrialize-se o mel para ser vendido caro. Pense-se no umbu, no buriti e no pequi. Pense-se em um laticínio. Exemplos em Ibipitanga: duas cerâmicas, um laticínio, fábrica de caixas de água, caprinocultura. Tanque Novo não produz para vender, mas compra e revende. Macaúbas precisa vender para gerar emprego e renda. Se a mercadoria vem o dinheiro vai e se a mercadoria vai o dinheiro vem.
Há muito tempo eu falo isto que estou falando agora. Cheguei a conquistar a admiração do Prof. Ático, meu amigo, por estas ideias.
NENHUM OBSTÁCULO É TÃO GRANDE SE A SUA VONTADE DE VENCER FOR MAIOR.”

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* Haroldo Gumes: professor aposentado, foi diretor do CEAS, é bacharel em Literatura em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, ex prefeito de Macaúbas, é escritor…

(Fonte sua página pessoal do Facebook)


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