Blog do Alécio Brandão

Crise faz Marisa recuar com Vendas Diretas, através de catálogos.

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Segundo nota de O Globo, a Marisa Lojas informou nesta segunda-feira que decidiu encerrar operações com venda direta para concentrar esforços da empresa em negócios mais maduros e reduzir custos, diante do aumento do nível de incerteza e da deterioração do cenário econômico atual.

A companhia iniciou a atividade de venda direta em 2012, mas afirmou que “a degradação acelerada do ambiente de consumo faz com que o retorno do projeto se torne por demasiado longo (…) A crise econômica enfrentada pelo país, sem precedentes na nossa história recente, foi fator decisivo para descontinuarmos a operação de venda direta”, disse em comunicado o presidente da companhia, Marcio Goldfarb.

No segundo trimestre deste ano, segundo o IBGE, o consumo das famílias teve queda de 2,1% em relação ao primeiro trimestre, o pior desempenho desde o terceiro trimestre de 2001, quando recuara 3,2%.

Na comparação com o mesmo período de 2014, o recuo foi de 2,7%, o segundo trimestre seguido de queda. Antes disso, o consumo das famílias tinha subido por quase 11 anos: 45 trimestres seguidos, ou desde o último trimestre de 2003. Os dados oficiais do terceiro trimestre saem em 1 de dezembro.

Em julho, o comércio varejista teve queda de 1% nas vendas, o que mostra que o terceiro trimestre começou com desempenho fraco do consumo das famílias, de acordo com dados da última Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE em 16 de setembro. Com isso, especialistas acreditam que os gastos dos consumidores continuarão a puxar para baixo os dados do PIB. Relatório do Bradesco reforçou a projeção de queda do consumo para o período, que deve ficar entre 1% e 1,5%.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o cenário econômico leva a crer que a queda nas vendas comércio não vai parar e, mesmo com o Dia da Criança, em outubro, e a proximidade do Natal, o resultado será desfavóravel para o setor.

Após o resultado da pesquisa do IBGE, a CNC revisou para baixo a projeção para o balanço do varejo em 2015, com queda de 4% ante estimativa prévia de 3%.


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